Amazonino afirma que suspensão de eleição causa insegurança

Publicado em: 04/07/2017 às 14:19 | Atualizado em: 04/07/2017 às 19:27
Seis dias depois da sentença do ministro Ricardo Lewandowski, do Superior Tribunal Federal (STF), que suspendeu a eleição suplementar no Amazonas, o ex-governador Amazonino Mendes (PDT) afirmou nesta terça-feira, dia 4, que a suspensão causou uma confusão desnecessária ao estado, incerteza, insegurança do direito e das leis.
“A gente percebe do ponto de vista institucional que o Brasil é uma criança. Deixa muita a desejar. O poder Judiciário é o poder por excelência que regula a sociedade, as relações das pessoas. No Brasil, é invertido. De repente, o poder Judiciário, através de um tribunal superior, numa votação expressiva de 5 a 2, dá uma decisão. Aí um outro membro de um tribunal superior, sozinho, de forma monocrática, cassa a decisão. Isso estabelece uma confusão desnecessária”, comentou.
Amazonino disse que o atual momento pede paciência. “Não é tão satisfatória a justiça dessa forma, mas é pior sem ela. Temos que aguardar a decisão”, afirmou.
Gilberto Mestrinho
Amazonino lembrou do saudoso amigo, o ex-governador Gilberto Mestrinho, como responsável por colocá-lo na vida pública.
“Ele me conhecia da época da juventude, antes do golpe (de 64). Eu era líder estudantil. Lembro-me que ele voltou dois anos antes da anistia, construiu a eleição dele, subindo e descendo barranco. Eu já estava no ramo empresarial e fui advogar para a campanha dele. Ele, eleito governador, me surpreendeu convidando para eu ser prefeito (de Manaus). Recusei. Mas, ele ponderou. A vocação era tão grande e a pressão política no espírito era gigantesca que eu voltei e fechei. Devo a ele. Devo a ele muito mais”, disse.
Foto: BNC