Integrantes do PT e PSB no Amazonas vivem uma angústia a seis dias do prazo final das convenções que oficializam candidaturas e coligações para as eleições de 2018.
O PT não preparou candidato a governador e agora sente a falta de um cabeça de chapa para puxar seus candidatos a senador, Francisco Praciano, e a deputados federais e estaduais.
Os petistas temem que, com chapa camarão (sem cabeça), não consigam eleger a federal o deputado estadual José Ricardo, percam a vaga na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM) e tenham dificuldade para manter sua representação no parlamento.
Atualmente, são dois os deputados petistas, José Ricardo e Sinésio Campos, este presidente estadual da legenda.
Não a Amazonino veio de cima
O partido chegou a conversar com o grupo do governador Amazonino Mendes (PDT), mas a aliança foi vetada pela direção nacional da sigla porque o candidato a presidente do partido, Ciro Gomes, se declarou adversário do ex-presidente da República Lula da Silva (PT).
Houve também um ensaio para as bandas do pré-candidato a governador Omar Aziz (PSD), mas a reaproximação dele com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), fez o PT dar meia volta.
O caminho da candidatura de David
Já o PSB tem um pré-candidato a governador, o presidente da ALE-AM, David Almeida, que aparece bem nas pesquisas, mas, aos poucos, vem perdendo as forças políticas que orbitavam em sua pré-campanha.
Perdeu, por exemplo, o PP de Rebecca Garcia, hoje candidata a vice de Amazonino.
A progressista foi apoiada por David na eleição de 2017 e os dois acordaram que estariam juntos em 2018.
David também tentou aliança com o candidato a governador Wilson Lima (PSC), mas as conversas não avançaram.
Além disso, perdeu outros partidos que seus aliados contavam como certos, como a Rede e o PRTB, que fecharam com Wilson.
O PCdoB poderia ser uma opção, mas a sigla foi descartada na largada da pré-campanha de David porque, quando a senadora Vanessa Grazziottin apareceu no ato de lançamento da pré-candidatura ao governo do deputado, foi bombardeada, causando desconforto aos socialistas.
Casamento à espera de bênção
Por essas circunstâncias, PT e PSB, no Amazonas , formam um par perfeito. O problema é que os dois partidos só podem tomar essa decisão depois que, nacionalmente, definirem o fim da conversa que estão tendo há meses.
No Amazonas, voltam a conversar amanhã.
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Foto: BNC Amazonas