Por Rosiene Carvalho , da Redação
O senador Eduardo Braga (PMDB) voltou a participar de votações no Senado Federal nesta quarta-feira, dia 13, e nesta quinta-feira, dia 14, fez uma live no Facebook para anunciar seu retorno ao trabalho após a campanha eleitoral deste ano.
Numa campanha eleitoral intensa por ser disputada num período mais curto que as campanhas normais, Braga foi derrotado nas urnas por Amazonino Mendes (PDT).
Durante a disputa, o senador teve que se ausentar várias vezes das votações e debates no Senado da República
Neste período, Braga contou o recesso parlamentar entre os dias 17 de julho a 1º de agosto e o feriado da Semana da Pátria.
Ainda assim, segundo registros do site do Senado, Braga teve 13 dias de faltas em votações de projetos de lei, entre os dias 20 de junho a 12 de setembro.
Estes registros mostram que Braga faltou às votações mesmo depois de encerrada a eleição, no dia 27 de agosto. Isso porque constam faltas justificadas como “licença particular” em votações nos dias 5 e 12 de setembro.
A campanha eleitoral pelo Governo do Estado começou no dia 20 de junho, os únicos dias em que houve votação neste período e que Braga esteve presente foram 5, 11 e 12 de julho.
Todos os demais dias, nos registros no Senado, constam faltas para o senador justificadas como AP (Atividade Política/Cultural) e LP (Licença Particular).
Durante a campanha, ao ser questionado pelo BNC no início do segundo turno sobre as atividades dele no Senado, Eduardo Braga demonstrando irritação com a pergunta respondeu: “Estou pegando falta. Estou numa campanha”, disse na ocasião.
As faltas justificadas como Atividade Política e Licença Particular não resultam em descontos no salário do senador que é de R$ 33,7 mil, sem contar as outras vantagens.
Voltei
Em tom sério e sem esboçar sorrisos, Braga cumprimentou seus seguidores no Facebook e disse que voltava ao Senado após o período de afastamento em função da campanha eleitoral.
O senador informou aos seguidores as duas votações do dia que ele participou: uma que cria melhores condições de trabalho para agentes de saúde e endemias e a outra cria, em primeiro turno de votação, a polícia penitenciária.
Ao abordar os dois projetos, Braga faz pontes em seu discurso com os discursos adotados durante a recém-finalizada campanha. Braga destacou a importância dos agentes em função da condição precária que está a saúde no Estado.
“Acabei de testemunhar o estado de calamidade pública do estado e capital”, disse.
Sobre a polícia penitenciária, relembrou o “escandaloso” contrato de R$ 1,2 bilhão com a empresa Umanizzare.
“A segurança nos presídios é uma situação escandalosa. A PEC que cria a polícia penitenciária substituirá o contrato escandaloso da Umanizzare, de R$ 1, 3 bilhão. Desviaram até hoje e não foi esclarecido, o que coloca os presídios nas mãos de facções criminosas e coloca em risco segurança pública em todo o Estado do amazonas”, afirmou.