Arthur corta R$ 500 milhões em despesas e garante salários em dia

Medidas para enfrentar a crise do coronavírus em Manaus

tributária

Israel Conte

Publicado em: 30/03/2020 às 12:28 | Atualizado em: 30/03/2020 às 13:07

O prefeito Arthur Neto (PSDB) vai cortar R$ 500 milhões nas despesas de custeio.

A medida “na carne” é para enfrentar os efeitos econômicos provocados pela pandemia do coronavírus, o principal deles é a queda da arrecadação, estimada em R$ 350 milhões.

Além disso, Arthur tranquilizou os servidores da Prefeitura de Manaus ao afirmar que os salários serão pagos em dia.

“Quero tranquilizar os nossos servidores, os salários dos próximos meses e a primeira parcela do décimo estão garantidos”, afirma o prefeito.

A saber, a folha de pagamento mensal da Prefeitura de Manaus é da ordem de R$ 115 milhões.

Decreto

Conforme Arthur Neto, a folha de março já está sendo paga e os pagamentos de abril e maio já estão assegurados, assim como a primeira parcela do 13º salário, tradicionalmente paga até o mês de julho.

“Esse dinheiro vai direto para economia local, para gerar ou garantir empregos”, avalia.

Como resultado, o decreto com as mudanças na Lei Orçamentária segue para a aprovação da Câmara Municipal de Manaus (CMM).

“Estamos equilibrados e não atrasaremos salários”, reafirma Arthur. “Precisaria um grande caos no país para desfazer o trabalho fiscal que fizemos nas finanças de Manaus”, completa o prefeito, reconhecendo que as medidas preventivas adotadas pelo município para enfrentar os efeitos econômicos da Covid-19 foram fundamentais.

  

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O corte no custeio será executado por meio de medidas administrativas que já estão em andamento ou ainda serão implementadas para reduzir as despesas de custeio, aquelas que são destinadas a manter o serviço público funcionando como alugueis, fornecimento de energia elétrica, água, material de expediente e de limpeza, alugueis de veículos, combustíveis, entre outros.

De acordo com Arthur, a prefeitura manterá “um custeio saudável”, mas admite que poderá haver novas rodadas de corte, à medida que se mantenham as condições de impacto negativo na economia.

“Temos que aprofundar isso, estudar novas ideias, para que façamos uma segunda rodada e descobrir meios para que possamos sair da melhor forma possível dessa crise”, pontua Virgílio.

 

Reservas

Por fim, o prefeito garantiu que todas as obras em andamento continuarão sendo executadas e pagas normalmente.

“Nossas obras continuarão a todo vapor. Já temos o dinheiro em caixa, reservadinho. É executar, fazer as medições e pagar os fornecedores”, explica Arthur Neto.