Lira nega ter recebido ordem de Bolsonaro para tomar cargo do vice Marcelo Ramos 

Presidente da Câmara dos Deputados alega que a decisão foi regimental. O seu agora ex-vice contesta e afirma que ele cedeu a ordens do Executivo

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 24/05/2022 às 09:51 | Atualizado em: 24/05/2022 às 09:51

Um ato assinado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e publicado nesta segunda-feira (23) destituiu da vice-presidência da casa, o deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), crítico do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL)

A decisão também torna vagos outros dois cargos da mesa diretora: a 2ª Secretaria, ocupada pela deputada Marília Arraes (Solidariedade-PE); e a 3ª Secretaria, comandada pela deputada Rose Modesto (União Brasil-MS). 

Arthur Lira (foto) afirmou ao G1 e à TV Globo que a decisão é “estritamente regimental” e não por ordem de Bolsonaro. Uma nova eleição deve definir os ocupantes dos cargos na próxima quarta (25) – as urnas começaram a ser instaladas nesta segunda.

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Em vídeo divulgado nesta segunda (23), Ramos defendeu que a decisão de Lira foi “política”. 

“Sobre o episódio relacionado à vice-presidência da casa, quero dizer que não abordarei temas regimentais ou jurídicos, porque a decisão do presidente da Câmara não é regimental e nem jurídica, é uma decisão política”, disse o parlamentar. 

Marcelo Ramos, Marília Arraes e Rose Modesto foram “depostos” dos cargos porque trocaram de partido recentemente. Ramos deixou o PL e se filiou ao PSD; Marília trocou o PT pelo Solidariedade, e Rose saiu do PSDB para se filiar ao União. 

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Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados