Átila Lins faz coro às críticas ao governo sobre o decreto do IPI
Mesmo sendo aliado de Bolsonaro, o decano da bancada culpou o ministro Paulo Guedes pelas medidas que atacam a Zona Franca
Da Redação do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 03/08/2022 às 20:15 | Atualizado em: 03/08/2022 às 20:21
O decano da bancada do Amazonas, no Congresso Nacional, deputado Átila Lins (PSD-AM) engrossou a fila dos críticos às medidas do governo federal que atacam a Zona Franca de Manaus.
Em manifestação na Câmara dos Deputados, Átila se referiu ao último decreto do presidente Bolsonaro que reduz o IPI de produtos, embora tenha deixado de fora 64 itens fabricados na Zona Franca de Manaus.
De acordo com o parlamentar, as últimas investidas do ministro Paulo Guedes, por meio da publicação de decretos que alteram a competitividade do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), deixam claro que os empregos gerados pelas indústrias instaladas no polo industrial de Manaus serão prejudicados.
“Esses decretos que vejo como ataques, a exemplo do último publicado, que zera o IPI, atinge mais profundamente alguns segmentos do modelo ZFM e, certamente, causará a diminuição de vagas existentes no polo, bem como a não criação de novos postos de trabalho para futuros profissionais”, declarou o decano.
Aliado do Planalto, ele faz um apelo ao presidente Jair Bolsonaro (PL) para que seja revogado esse último decreto, “pois o aumento do desemprego resulta, em cadeia, aumento da violência, da fome deixará mais famílias em vulnerabilidade”.
Átila ressaltou que o modelo ZFM é responsável pela preservação de mais de 90% da floresta e que gera renda com a floresta de pé. “Enfrentamos uma burocracia pesada para poder desenvolver o setor agropecuário e primário, sendo dificultoso o acesso ao crédito rural por questões ambientais”, declarou.
O parlamentar amazonense disse estar de acordo o governador Wilson Lima (União Brasil), que não medirá esforços para a garantia do modelo Zona Franca e dos empregos, acionando o STF para corrigir essa ação contínua de enfraquecimento, e também, empobrecimento do povo do Amazonas.
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Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara