A CPI da Covid-19 vai ouvir o secretário estadual de saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, no início do próximo mês de junho. A comissão no Senado investiga as ações, omissões e recursos dos governos federal, estaduais e municipais voltados à pandemia.
O presidente da CPI senador Omar Aziz (PSD-AM) confirmou o depoimento nesta terça-feira, dia 12.
As informações solicitadas aos governos estaduais e prefeituras estão sendo aguardadas por Aziz. Os dados serão utilizados para convocação dos representantes das respectivas secretarias de saúde para prestar depoimentos na comissão investigadora.
“No início de junho, depois de ouvidas as pessoas que já estão convocadas, o secretário de saúde do estado do Amazonas será chamado para ser ouvido. E, posteriormente, todos os requerimentos para ouvir representantes dos estados e municípios sobre desvio de recursos federais serão encaminhados a fim de que sejam analisados pelos membros da comissão e, assim, possamos votar e não deixar [de fora] absolutamente nada que não tenha que ser investigado por essa comissão”, destacou o presidente da CPI da covid.
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Requerimento do Amazonas
Omar Aziz também destacou que dois requerimentos do Amazonas já foram votados porque a situação do estado envolve, além da aplicação dos recursos federais, a falta de oxigênio e enfatizou que não haverá blindagem na convocação de representantes estaduais e municipais de nenhum estado.
“Os governadores e qualquer outra pessoa que tenha que ser chamada não terão, de forma nenhuma, por parte da mesa, nenhum tipo de blindagem”, ressaltou o senador do Amazonas.
Prazo para as secretarias de saúde
Na reunião desta terça-feira, o presidente da CPI informou que diversas secretarias estaduais de saúde, que receberam solicitação de informações sobre aplicação de recursos federais na prevenção e combate ao novo coronavírus, pediram prorrogação de mais de cinco dias para enviar os dados.
Na questão de ordem sobre o assunto, solicitada pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), Omar Aziz respondeu:
“Demos cinco dias de prazo e a maioria está pedindo um pouco mais porque tem que detalhar todos os gastos. Não adianta chegar aqui e dizer que recebeu R$ 400 milhões e gastou R$ 400 milhões sem dizer em quê. Quando os dados chegarem, vamos chamar os representantes de governos estaduais e das prefeituras”, explicou o presidente da CPI.
Foto: Ariel Costa