Da Redação do BNC Amazonas em Brasília
Cresce a pressão política para que os profissionais da segurança pública e da educação sejam incluídos no grupo prioritário de vacinação contra o coronavírus (covid-19).
A justificativa é que policiais e educadores, assim como os profissionais da área de saúde, estão na linha de frente da pandemia.
De acordo com informações da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Amazonas, cerca de 100 policiais civis, militares e do corpo de bombeiros já morreram vitimados pelo coronavírus.
Por outro lado, o Ministério da Educação quer vacinar quase três milhões de professores e demais profissionais do setor educacional.
Segundo o MEC, essa vacinação permitirá a volta às aulas de cerca de 70 milhões de estudantes no país.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, procurou esta semana o futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para pedir a vacinação prioritária aos profissionais da educação.
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Indicação ao governo
Preocupado principalmente com o número de óbitos de policiais do Amazonas, o deputado federal Átila Lins (PP-AM) encaminhou ao Ministério da Saúde a Indicação 374/202, sugerindo a vacinação.
“Em função dos grupos prioritários já terem sido vacinados, em escala considerável no estado do Amazonas, sugerimos ao ministro Marcelo Queiroga que priorize urgentemente a vacinação dos policiais militares, civis e bombeiros e os profissionais da educação”, justificou o decano.
Da mesma forma, os profissionais da educação, na opinião do parlamentar, precisam ser imunizados, não somente para permitir que as aulas voltem a ser presenciais, como também garantir a imunidade dos alunos e professores.
Defesa de Omar Aziz
O pedido de Átila faz coro com o coordenador da bancada parlamentar no Congresso Nacional, senador Omar Aziz (PSD-AM). Ele também vem defendendo a vacinação de todos os profissionais da área de segurança pública.
Omar Aziz concorda com a tese do colega de que esses os policiais civis, militares e bombeiros fazem parte da linha de frente da covid-19 no estado.
Conforme Aziz esses profissionais estão nas ruas mantendo a ordem, combatendo aglomerações.
Além disso, seguem orientando a população, e em alguns casos de emergência, ajudam pessoas a se deslocarem para unidades hospitalares.
O senador defende a vacinação dos policiais por entender que eles estão expostos à doença por estarem diariamente lutando para manter a ordem no estado.
Inclusão no PNI
Na indicação, encaminhada ao ministro Marcelo Queiroga, Átila Lins argumenta que o aumento do número de vacinas a ser colocado à disposição do povo brasileiro, será possível incluir nas prioridades do Programa Nacional de Imunização (PNI) as duas categorias propostas.
Ele lembra ainda que as Forças Armadas também estão lutando para serem incluídas no programa.
“Esperamos, portanto, a aceitação imediata da proposta encaminhada, com a inclusão desses servidores que realizam um trabalho extraordinário e não podem ficar expostos dessa maneira, onde a vacina trará de voltas segurança para a realização de suas funções”, justifica o pedido Átila Lins.
Foto: SSP-AM/rede social