Citado entre bolsonaristas, Plínio Valério tenta barrar CPI do MEC
O palarmentar pede que sua proposta da CPI das ONGs não seja ultrapassada mais uma vez no Senado

Ferreira Gabriel
Publicado em: 28/06/2022 às 18:15 | Atualizado em: 28/06/2022 às 18:16
Senadores bolsonaristas adotam estratégia para barrar a instalação da CPI do MEC no Senado.
Eles defendem que a comissão destinada a investigar irregularidades no Ministério da Educação somente tenha início após o “esvaziamento” de uma lista de outros pedidos já apresentados.
As medidas já vinham sendo tratadas nos bastidores e foram oficializadas nesta terça-feira (28), no mesmo dia em que a oposição protocolou o pedido de abertura da CPI destinada a investigar as denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação.
Agora, cabe ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fazer a leitura da CPI do MEC em plenário para dar aval à criação do colegiado.
Os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo, Plínio Valério (PSDB-AM) e Eduardo Girão (Podemos-CE) enviaram ofícios a Pacheco pedindo para que ele cumpra uma ordem cronológica na criação e instalação de CPIs, dando prioridade para as que estão em estágio mais avançado de tramitação.
Valério é contra a instalação da CPI do MEC, pois sua proposta da CPI das ONGs chegou primeiro na fila.
Dessa forma, ele argumenta, em documento enviado a Pacheco, que sua proposta de comissão já foi ultrapassado uma vez e não pode ser ultrapassada novamente. O requerimento aguarda desde 2019 um encaminhamento.
“Não é regimental, nem jurídico, que seja novamente preterida por outros requerimentos de criação de CPIs, muito mais recentes e sequer lidos em plenário. A hipótese de ser mais uma vez atropelada, em que não quero crer, dado o senso de justiça e os conhecimentos jurídicos de Vossa Excelência [Rodrigo Pacheco], traria a dolorosa impressão de que existem senadores mais importantes do que outros, o que seria profundamente negativa para o parlamento brasileiro”, afirmou.
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Foto: Roque de Sá/Agência Senado