TSE cobra manifestação de Bolsonaro em ações sobre ‘discursos de ódio’

A ação contra o presidente foi protocolada na terça-feira (13/7) em resposta à morte do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, por um bolsonarista

Diamantino Junior

Publicado em: 15/07/2022 às 18:53 | Atualizado em: 15/07/2022 às 18:53

O ministro Alexandre de Moraes, presidente em exercício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deu prazo de dois dias para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre uma ação movida por partidos de oposição contra ele. As siglas pedem que a Corte proíba o chefe do Executivo de proferir “discursos de ódio” durante sua campanha eleitoral.

A decisão também abre prazo de dois dias para que o Ministério Público Eleitoral se pronuncie. Moraes argumentou que é necessário ouvir o presidente, uma vez que a ação pede “relevantíssimas consequências” para Bolsonaro.

A ação contra o presidente foi protocolada na terça-feira (13/7) pelos partidos Rede, PCdoB, PSB, PV, PSol e Solidariedade, em resposta à morte do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, por um apoiador de Bolsonaro, no último domingo (10/7).

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“Essa prática reiterada durante seus atos de pré-campanha, agendas institucionais, e aparições nas redes sociais vão reforçando no imaginário comum de seus apoiadores a prática da violência, não só “no sentido figurado”, mas efetivamente praticada”, afirmam os partidos.

O processo define uma multa de R$ 1 milhão ao presidente e ao PL por ato, caso Bolsonaro promova falas que estimulem a violência. As siglas também pedem que ele seja obrigado a condenar a morte de Arruda publicamente.

Na segunda-feira, ao comentar o caso, o mandatário disse que não tem “nada a ver” com o crime, mas sugeriu que “o histórico de violência” é recorrente “do outro lado”.

Na quarta-feira (13/7), Bolsonaro afirmou que recebeu críticas por ligar, três dias após o crime, para irmãos bolsonaristas Arruda, e pedir a eles que falassem com a imprensa para tentar impedir o uso político do episódio.

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Foto: Reprodução/ Vídeo