Sete vezes! Esse é o número de visitas do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) ao Amazonas desde sua posse em 1º de janeiro de 2019.
No último sábado (28), na Marcha para Jesus, em sua visita mais recente o “Messias” transformou o altar de Jesus em um palanque político inflamando seus apoiadores evangélicos no evento religioso. Na sua agenda “terrivelmente evangélica”, Bolsonaro sequer tratou sobre benefícios ao Amazonas, como é o caso da Zona Franca de Manaus (ZFM).
O modelo de desenvolvimento econômico da região tornou-se alvo de ataques do governo Bolsonaro através do Ministério da Economia, liderado por Paulo Guedes, como por exemplo, a redução do IPI, que prejudica o Polo Industrial de Manaus com perda de competitividade com indústrias instaladas em outras regiões do país.
Sendo esse até o momento o maior golpe ao Amazonas, sem contar a inoperância na crise de oxigênio na segunda onda da pandemia da Covid-19, Bolsonaro apesar de ter sido o presidente que mais vezes veio ao Amazonas, foi o que menos fez e mais prejudicou o estado.
Em resumo, o atual presidente da República só veio ao Amazonas para participar de três cultos, de uma reunião com pastores para pedir apoio a sua reeleição. Além disso não fez nenhum anúncio de benefício a ZFM. Ele também não anunciou repasse de verba como chegou a prometer R$ 2 bilhões ao prefeito de Manaus, David Almeida. E por fim, sem obra para chamar de sua, fez duas inaugurações iniciadas pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Como destaques dos “feitos” de Bolsonaro, só resta uma ponte de madeira de 18 metros, em São Gabriel da Cachoeira, com custo de R$ 255 mil. A obra cruza um igarapé, ligando a comunidade Balaio ao município.
Nas redes sociais, movimentos apoiadores de Jair Bolsonaro apenas defendem que o maior feito de Bolsonaro no Amazonas é ter acabado “com Ongs mamadores de tetas” da União. Além disso, dizem, que “ele trouxe o homem mais rico do mundo pra investir na Amazônia”.
Sobre o homem mais rico do mundo, Elon Musk, sequer anunciou alguma novidade para a Amazonas. Só fez promessas de monitoramento da região por via satélite, que já é feito há muitos anos por entidades golpeadas por Bolsonaro, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Portanto, ele, o “Messias” segue sem honrar os votos de confiança dado a ele em vitória da capital amazonense, nas eleições de 2018. Uma coisa é certa, a conta deve chegar muito cara no pleito deste ano e será tarde.
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Foto: Divulgação