Bolsonaro prevê “convulsão” social se Lula ganhar sem voto impresso
Presidente faz campanha para que o Congresso Nacional aprove uma emenda à Constituição, para que o voto eletrônico tenha impressão de cédulas

Diamantino Junior
Publicado em: 18/06/2021 às 12:53 | Atualizado em: 18/06/2021 às 12:53
Mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lançou dúvidas sobre a urna eletrônica e o sistema eleitoral brasileiro, sem mostrar nenhuma prova ou indício.
Bolsonaro voltou a defender a adoção do voto impresso para urnas eletrônicas, insinuou que há um favorecimento do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e do Supremo Tribunal Federal (STF), ao ex-presidente Lula e disse que pode haver uma “convulsão” social após as eleições de 2022.
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Em sua live semanal nas redes sociais, o presidente comentou falas de Barroso, de que o voto impresso não será adotado.
Bolsonaro faz campanha para que o Congresso Nacional aprove uma emenda à Constituição, para que o voto eletrônico tenha impressão de cédulas.
Não há prova de fraude nas urnas eletrônicas
Bolsonaro tem feito a defesa da adoção do voto eletrônico com impressão de cédulas, apesar de nunca ter havido qualquer tipo de fraude comprovada nas urnas eletrônicas em mais de 20 anos de uso no país.
Desde a adoção das urnas eletrônicas no Brasil, em 1996, nunca houve nenhuma comprovação de fraude nas eleições.
Essa constatação foi feita não apenas por auditorias realizadas pelo TSE, mas também por investigações do MPE (Ministério Público Eleitoral) e por estudos matemáticos e estatísticos independentes.
Além disso, as urnas eletrônicas são auditáveis e este procedimento é feito durante a votação. O processo é chamado Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas (ou “votação paralela”).
Na véspera da votação, juízes eleitorais de cada TRE (Tribunal Regional Eleitoral) fazem sorteios de urnas já instaladas nos locais de votação para serem retiradas e participarem da auditoria.
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Foto: Reprodução/YouTube