O senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, se insurgiu imediatamente ao anúncio do presidente da CPI da covid , Omar Aziz (PSD-AM), de que apresentou requerimento para quebrar sigilo de familiares da conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM).
Dessa forma, Braga, que “treinou” o deputado Fausto Júnior (MDB-AM) para o depoimento na CPI, tentou blindar o filiado de seu partido.
O senador Braga usou artigo do regimento interno do Senado para pedir a retirada da pauta de votação dos 41 requerimentos sugeridos pelo presidente da comissão.
Ele disse que precisava conhecer o mérito e o fundamento dos requerimentos que foram adicionados à pauta e pediu que Omar explicasse os pedidos.
O presidente da CPI declarou que a maioria dos requerimentos foi assinada por ele, por presidir o colegiado, e os pedidos são temas ligados ao Amazonas.
Omar disse que existem “fortes indícios de uma conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) (Yara Lins, mãe do deputado Fausto Jr) receber benefícios para o filho (relator da CPI da Saúde) não ter indiciado o governador (Wilson Lima)”.
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Nesse momento Braga interrompe Omar e pergunta se a CPI está virando Receita Federal, pelo fato de um requerimento pedir a quebra de sigilo fiscal de uma filha da conselheira.
Ele acusou o presidente de usar a CPI como uma disputa regional e questionou o motivo para incluir a conselheira na investigação da comissão. Para Braga não há fundamentação.
Braga apelou ao colegiado para não votar a pauta com os requerimentos.
Mais adiante, na votação de requerimentos, Aziz disse que retirava os seus para discussão posterior.
Antes, questionou Braga sobre quais nomes gostaria de ver fora da lista de quebra de sigilos.
O sanador Eduardo Braga acusou Omar de antecipar a eleição de 2022.
Veja o vídeo da blindagem
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Foto: Reprodução da TV Senado