Calor intenso no país impulsiona venda de ar-condicionado da ZFM
Apesar da pandemia de coronavírus, a produção do modelo split cresceu de 13% a 31% no primeiro semestre de 2020, segundo a Eletros

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 29/09/2020 às 18:09 | Atualizado em: 29/09/2020 às 19:13
O verão fora de época que ocorreu em várias partes do país ajudou a impulsionar a produção de aparelhos de ar-condicionado na Zona Franca de Manaus (ZFM).
A produção de modelos split e de janela tiveram uma alta de 13% e 31%, respectivamente, no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros).
Segundo a entidade, entre janeiro e junho deste ano, foram produzidas 2,1 milhões de unidades do modelo split, um número significativamente mais expressivo que os 1,9 milhão registrados nos mesmos meses de 2019.
Já os aparelhos de janela alcançaram a marca de 217,5 mil unidades nos primeiros seis meses de 2020, bem mais que as 166,5 mil do mesmo período ano passado.
A capital do Amazonas registrou um aumento de 18% nas vendas de ar-condicionado nos últimos meses, segundo dados da Câmara de Dirigentes dos Lojistas (CDL-Manaus).
A maior procura, segundo a entidade, foi por aqueles que gastam menos energia.
Impactos causados pela pandemia
Os indicadores ganham ainda mais relevância ao se levar em consideração a pandemia do coronavírus, que impactou a economia globalmente.
O aumento na conta de luz, que já foi sentido pelos consumidores por ficarem mais tempo em casa (e consequentemente consumirem mais energia), associado ao reajuste de quase 4% aprovado em julho pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também justifica o crescimento na procura dos aparelhos.
Temor na pandemia
Conforme a Eletros, após a chegada do coronavírus, a produção de ar-condicionado iniciou sua queda.
Em abril e maio a produção de 2020 foi de 346.708 unidades, contra os 545.587 produzidos no mesmo período em 2019.
Com a paralisação de fábricas no polo industrial da ZFM em decorrência da pandemia, havia a expectativa de queda no segundo semestre.
Agora, a previsão é que até o final de 2020 esses números continuem em crescendo, já que o calor deve se intensificar.
Foto: komeco.com