Capivara ‘Filó’: Ibama acusa deputada de intimidar servidores em serviço

Em nota, Ibama aponta que o episódio de sábado, protagonizado pela deputada Joana D'Arc, foi "uma clara tentativa de deslegitimar" o órgão.

01/05/2023 15:11

Da Redação do BNC Amazonas

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A polêmica que envolve o Ibama, o influenciador e estudante Agenor Tupinambá e sua capivara “Filó” e agora a deputada estadual Joana D’Arc (União Brasil) promete desdobramentos para os próximos dias.

Em nota neste domingo, dia 30, o órgão ambiental federal repudiou o que considerou intimidação contra seus servidores no sábado. Nesse dia, a deputada protagonizou uma confusão na sede do Ibama em Manaus para denunciar, segundo ela, condições inadequadas a que “Filó” estava submetida após ser tirada da guarda de Tupinambá.

Na nota divulgada, contudo, o Ibama evita citar nominalmente a deputada. Igualmente, se esquiva de citar detalhes da manifestação de Joana na sede. Como, por exemplo, o bate-boca dela com servidora do centro de triagem dos animais.

Todavia, considerou o ato de Joana como “uma clara tentativa de deslegitimar a atuação do instituto no cumprimento da legislação ambiental”.

Apesar disso, a parlamentar já disse que vai denunciar servidora do Ibama à Justiça. Conforme afirmou, essa funcionária cometeu abuso na hora de recolher a capivara na fazenda de Tupinambá, em Autazes, no interior do Amazonas.

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‘Denunciar todo mundo’

Além disso, anunciou também que vai denunciar as condições ruins do centro de triagem do Ibama em Manaus, e, ao mesmo tempo, pedir recursos para melhorias do local.

Sobre Tupinambá, o Ibama reforçou que ele continua na condição de infrator da lei ambiental, em que pese a capivara ter voltado às suas mãos.

“Decisão judicial proferida neste domingo determina que o infrator Agenor Tupinambá permaneça como fiel depositário da capivara”, diz trecho da nota.

Em vídeo publicado no G1/AM, servidor do Ibama diz que é preciso esclarecer que Tupinambá não é ribeirinho, e sim um influenciador na internet com milhares de seguidores. Portanto, como estudante universitário, conhecedor da lei.

Em síntese, o Ibama afirmou que continuará lutando para que a capivara seja devolvida ao seu habitat natural, que não é a fazenda de Tupinambá.

“A ordem judicial será cumprida. A soltura deverá ocorrer em unidade de conservação previamente selecionada, que abriga outros indivíduos da espécie”, diz a nota do Ibama.