Luta agora na BR-319 é para retirar carreta do fundo com 60t de carga
Equipes estão no sétimo dia de buscas por desaparecidos na queda de ponte

Diamantino Junior
Publicado em: 04/10/2022 às 18:23 | Atualizado em: 04/10/2022 às 18:23
Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesas Civil do Amazonas tentam retirar do fundo do paraná do Curuçá uma carreta com 60 toneladas de carga.
Essa é a principal dificuldade enfrentada pelo comitê de resposta rápida no sétimo dia (4) de buscas a vítimas do desabamento de uma ponte no Km 25 da rodovia.
Mergulhadores vão tentar, com um cabo de aço e guindaste, içar o pesado veículo. Mas, só depois que o local estiver em condições de suportar essa pesada estrutura de resgate.
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Conforme o comitê, retirar a carreta é necessária para ampliar o campo de busca por desaparecidos.
Até agora, tentativas de retirar das águas o veículo, com cabos de aço puxados por tratores, foram frustradas.
Ponte de madeira
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão responsável pela rodovia federal BR-319, se comprometeu a construir uma ponte e decks de madeira para dar segurança travessia do paraná do Curuçá, no local onde caiu a ponte.
A medida foi decidida pelo comitê de resposta rápida, do Governo do Estado, após a identificação de fissuras na atual área utilizada pelos pedestres, sob risco de desmoronamento.
A recomendação é que as pessoas evitem fazer a travessia na área.
A expectativa é que, após a construção, o translado de passageiros seja deslocado para um terreno mais seguro, conforme o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Adson Ferreira.
“Existe uma área no lado do Careiro Castanho, pela qual nós estamos acessando, que apresenta uma fissura, então nós estamos nos preparando, nos precavendo, para que não fiquemos sob risco de desmoronamento. Nós vamos iniciar a construção de uma ponte de madeira com apoio do Dnit, estamos conseguindo o material através de apreensões junto a Polícia Federal, para que as pessoas que transitem de um lado para outro fazendo uso dessa ponte de madeira, com mais segurança”.
Desde a última quinta-feira (29), a Defesa Civil do Amazonas atua com cinco lanchas para auxiliar no translado de passageiros. A força-tarefa funciona das 5h às 19h, de forma gratuita, garantindo o direito de ir e vir da população.
Ponte de campanha
O Dnit e o Exército deram início aos trabalhos de infraestrutura nas cabeceiras da ponte.
Por ora, equipes realizam trabalhos topográfico e adaptação da área de acampamento para entrada do maquinário.
Uma ponte de campanha, do Exército, está sendo trazida de Porto Velho para ser instalada temporariamente.
Balanço da tragédia
O acidente deixou 14 feridos, quatro mortos e um número não definido de desaparecidos.
Dos feridos e que foram internados em hospitais, 13 já receberam alta. O internado ainda vai passar por cirurgia.
Oito veículos já foram retirados das águas.
Além da carreta, um rolo compressor segue submerso.
Foto: BNC AMAZONAS