Caso EletrobrĂ¡s: 4 afastados, TJ-AM investiga mais trĂªs servidores

O corregedor Hamilton Saraiva assinou a decisĂ£o e a publicou no DiĂ¡rio Oficial da Justiça.

Eletrobras

Bruna Lira, da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas 

Publicado em: 17/03/2025 Ă s 12:56 | Atualizado em: 17/03/2025 Ă s 13:06

A Corregedoria do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) abriu uma sindicĂ¢ncia. O objetivo Ă© investigar trĂªs servidores suspeitos de envolvimento em uma fraude milionĂ¡ria contra a EletrobrĂ¡s. O corregedor Hamilton Saraiva assinou a decisĂ£o e a publicou no DiĂ¡rio Oficial da Justiça. Antes dessa nova etapa, um quarto servidor jĂ¡ havia sido afastado.

O caso veio Ă  tona em 21 de fevereiro. Na ocasiĂ£o, o corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, afastou o desembargador Elci Simões e o juiz Jean Carlos Pimentel dos Santos. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os dois autorizaram a retirada indevida de quase R$ 150 milhões dos cofres da EletrobrĂ¡s. AlĂ©m disso, o processo tramitou de forma excepcionalmente rĂ¡pida. Essa movimentaĂ§Ă£o incomum levantou sĂ©rias suspeitas sobre a legalidade das decisões.

A situaĂ§Ă£o se agravou ainda mais em 28 de fevereiro. Nesse dia, o ministro Campbell afastou o juiz Roger Luiz Paz de Almeida, da Vara de Execuções de Medidas e Penas Alternativas (Vemepa). AlĂ©m dele, um servidor do TJAM tambĂ©m foi afastado. Conforme apontam as investigações, os dois restringiram a atuaĂ§Ă£o da EletrobrĂ¡s no processo. Como consequĂªncia, facilitaram o levantamento fraudulento de grandes quantias. AlĂ©m disso, o juiz bloqueou mais de R$ 100 milhões da empresa com base em tĂ­tulos prescritos. Esse fato reforçou ainda mais as suspeitas de irregularidades.

Novas investigações

Diante desses desdobramentos, a Corregedoria do TJAM busca esclarecer a participaĂ§Ă£o dos trĂªs servidores investigados. Para isso, a sindicĂ¢ncia analisarĂ¡ detalhadamente suas condutas na execuĂ§Ă£o do processo. O caso tramitou na comarca de Presidente Figueiredo/AM. O juiz corregedor auxiliar Igor de Carvalho Legal Campgnolli liderarĂ¡ a investigaĂ§Ă£o.

O prazo inicial serĂ¡ de 30 dias. No entanto, se necessĂ¡rio, poderĂ¡ ser prorrogado. AlĂ©m disso, nos prĂ³ximos dias, os servidores prestarĂ£o esclarecimentos. Em seguida, apresentarĂ£o defesa.

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Foto: AgĂªncia Brasil