O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu, nesta segunda-feira (5), celeridade no julgamento do caso do presidente Jair Bolsonaro.
Mello pede, entretanto, à Presidência da corte que marque logo a sessão que vai decidir de Bolsonaro deporá por escrito ou presencial.
O caso se refere, contudo, ao inquérito que apura se Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal.
O recurso foi impetrado pela Advocacia-Geral da União (AGU), de acordo com publicação do portal G1.
Agora, cabe ao presidente do STF, Luiz Fux, definir o dia em que o caso será analisado pelo plenário. Há expectativa de que isso ocorra na sessão de quarta-feira (7).
A última sessão da qual Celso de Mello participará será quinta-feira (8). O ministro se aposenta no dia 13 de outubro.
Celso de Mello é o relator do inquérito no STF e retirou o processo de julgamento no plenário virtual. É no moto remoto que não há debates e os ministros apenas colocam seus votos no sistema.
A decisão de analisar o recurso no plenário virtual foi do ministro Marco Aurélio Mello .
Marco Aurélio atuou na relatoria do caso durante a licença médica do colega.
Em razão da pandemia, os ministros têm se reunido por videoconferência, mas podem ler os votos. Podem também debater e argumentar durante a sessão.
No recurso, a AGU pede que Bolsonaro seja autorizado a prestar esclarecimentos por escrito.
A ordem de Celso é para que o depoimento seja presencial.
A PF chegou a intimar o presidente a prestar esclarecimentos na semana passada, mas a Advocacia recorreu ao Supremo.
Leia mais no G1
Foto: Nelson Jr./SCO/STF/arquivo