CNJ cria auxílio-saúde no Judiciário e é criticado pelo senador Kajuru

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 01/10/2019 às 16:42 | Atualizado em: 01/10/2019 às 18:21
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, no dia 10 de setembro, o auxílio-saúde a magistrados e servidores das cortes do país. Magistrados e servidores, ativos e inativos, bem como pensionistas serão beneficiados com a medida. O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) reagiu indignado, nesta terça-feira (1), contra essa decisão do CNJ.
Para o senador, segundo a Agência Senado, o Judiciário brasileiro “parece viver em outra dimensão”, ao criticar a criação de um auxílio-saúde. O valor do benefício pago aos magistrados pode chegar a 10% dos salários.
Kajuru citou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual o CNJ “se aproveitou do vácuo” deixado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019 para criar o novo auxílio.
Como a LDO impedia o reajuste dos valores relativos aos auxílios alimentação, moradia e assistência pré-escolar, o CNJ, depois de consultar tribunais e associações de magistrados, instituiu o novo benefício para, segundo Kajuru, “turbinar salários” de juízes e servidores do Judiciário.
O senador classificou a decisão como revoltante, ao lembrar que o salário mínimo pago aos trabalhadores é de R$ 998.
“Pesquisa recente, feita pela liderança do partido Novo na Câmara, mostrou que 65% dos magistrados do país estão recebendo acima do teto do funcionalismo, em 2019. No âmbito federal, o teto é de R$ 39,2 mil”, disse, de acordo com o texto da Agência Senado.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado