Aziz e Braga apoiam criação da CPI dos atos antidemocráticos
O pedido de CPI é da senadora Soraya Thronicke e já teria 28 assinaturas, mais do que o necessário
Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 09/01/2023 às 15:21 | Atualizado em: 09/01/2023 às 20:47
Os senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), da bancada do Amazonas, confirmaram nesta segunda-feira (09/1) apoio à criação de CPI dos atos antidemocráticos.
O objetivo é investigar a ação terrorista que resultou na depredação dos prédios do Congresso, Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (08/1).
A assessoria de imprensa do senador Plínio Valério* (PSDB) informou ao BNC Amazonas que o parlamentar está incomunicável no interior do estado.
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O requerimento é de autoria da senadora Soraya Thronicke (união Brasil-MT) que tem apoio de 28 assinaturas dos colegas, uma a mais do que o necessário.
“Alcançamos agora um número maior do que o necessário para a abertura da CPI dos Atos Antidemocráticos no Senado. Agradeço a todos os colegas que apoiaram a iniciativa. A democracia é sagrada! Muitos percebem somente depois que a perdem. No nosso Brasil ela sobreviverá!”, escreveu a senadora na sua conta no Twitter.
Aziz considerou os atos uma falta de respeito à democracia com radicais depredando o patrimônio público, invadindo o Congresso e pedindo golpe.
“Esses atos resultados da imprudência de um líder sem responsabilidade e sem integridade. E que contam com o financiamento e incentivo de parlamentares e autoridades. Essas ações são lamentáveis. Mas não vão nos intimidar. O povo escolheu e quer paz. Estaremos firmes na luta pela democracia e por um Brasil melhor”, disse o senador.
“Minha assinatura e meu total apoio à abertura de uma CPI para apurar as responsabilidades pelo vandalismo em Brasília. Uma afronta à democracia e aos três poderes da União”, disse o líder do MDB, senador Eduardo Braga (AM).
Reunião
Líderes na casa estiveram reunidos nesta segunda-feira (9) com o presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rego (MDB), para debater o assunto.
A expectativa é que o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que interrompeu férias na França, possa ler o documento, em breve, no plenário. Após essa fase, o colegiado poderia ser instalado com a indicação de nomes pelas lideranças dos partidos.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a CPI será um importante instrumento de reação.
“O parlamento dará uma reposta aos terroristas e a todos aqueles que, de alguma forma, participaram das ações que mancharam a imagem da nação”, disse o líder do governo Consenador na sua conta do Twitter.
“Além da CPI, como senador pedi também ao STF a inclusão de Jair Bolsonaro no inquérito dos atos antidemocráticos como investigado e, se necessária, sua prisão preventiva dada sua condição de fugitivo”, informou o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Em apoio à CPI, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) disse que o momento exige a suspensão do recesso parlamentar e a adoção de medidas imediatas para apuração dos fatos.
*À noite, Valério enviou sua manifestação sobre a criação da CPI. Leia:
“Não assino nenhum pedido de CPI enquanto a CPI das ongs, que está na vez, seja instalada”.
Foto: Ronaldo Siqueira/exclusividade BNC Amazonas