A CPI da covid pediu para que o ex-governador do Rio Wilson Witzel seja “imediatamente ” incluído no programa de proteção a testemunhas do governo federal.
O ofício foi assinado pelo presidente da comissão parlamentar de inquérito, senador Omar Aziz (PSD-AM), e enviado à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves .
Além de Witzel, o pedido se estende a mulher do ex-governador, Helena Witzel, e aos três filhos do casal.
O pedido da defesa é para que o reforço na segurança aconteça antes de ele prestar depoimento novamente à comissão. A previsão é que isso aconteça na sexta-feira (09), em uma sessão sigilosa.
Na petição enviada à CPI, o advogado Diego Pereira alegou que os fatos que o ex-governador tem a revelar “são gravíssimos e envolvem muitas pessoas e autoridades, o que coloca em risco a integridade física do peticionante e de seus familiares”.
Em 16 de junho, ao prestar depoimento no Senado, Witzel afirmou, sem apresentar provas, que grupos milicianos poderiam estar por trás da gestão na saúde do Rio de Janeiro.
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No ofício, o presidente da CPI disse que, em razão dos fatos que devem ser revelados à comissão, Witzel “encontra-se em situação de expressivo risco à sua integridade física e à integridade física de seus familiares, em especial, porquanto os referenciados fatos envolvem agentes dotados de relevante poderio político e econômico, bem como podem trazer à baila irregularidades concernentes a desvios de finalidade e à captura política de instituições de Estado”.
“Portanto, é de clareza solar a situação de risco a que se submetem o depoente e a sua família, a qual demanda o enfrentamento por meio do seu ingresso, na forma regulamentar, no programa de proteção à testemunha”, escreveu.
Em nota, o a defesa comemorou a decisão da CPI. “Com muita assertividade o senador Omar Aziz deferiu nosso pedido. Agora, esperamos que a ministra Damares tenha sensibilidade com a situação, e também defira o pedido com a urgência que o caso requer”, disse Pereira.
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Foto: Tânia Rêgo/ABr