Dino destaca centro de cooperação internacional da PF em Manaus

Dino destacou que o plano foi construído em conjunto com todos os estados que compõem a Amazônia Legal

21/07/2023 17:07

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Ao comentar sobre o “Plano Amazônia: segurança e soberania”, lançado por meio de decreto nesta sexta-feira (21), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, destacou a instalação em Manaus do Centro de Cooperação Policial Internacional da Polícia Federal (PF).

“O plano Amazônia Mais Segura, que formulamos com os estados da região e com o Ministério da Defesa, prevê mais bases terrestres e fluviais, mais operações policiais integradas e a instalação em Manaus do Centro de Cooperação Policial Internacional, sob coordenação da Polícia Federal”, disse o ministro.

Dino destacou ainda que o plano foi construído em conjunto com todos os estados que compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.

“A Amazônia é um desafio nacional. Organizações criminosas ocuparam o território lá. Os indicadores de violência cresceram na Amazônia. Combater o garimpo, combater o narcotráfico na Amazônia é proteger o Brasil”, disse o ministro na cerimônia de assinatura do decreto.

Para o enfrentamento dos crimes na região, especialmente os crimes ambientais e conexos, haverá um investimento de R$ 2 bilhões com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Fundo Amazônia.

De acordo com o ministério, os recursos serão utilizados para implantação de estruturas e compra de equipamentos para os estados como viaturas, armamentos, helicópteros, caminhonetes e lanchas blindadas.

O decreto indica que haverá a implementação de 28 bases terrestres e seis fluviais para combater crimes ambientais e infrações correlatas, totalizando 34 novas bases integradas de segurança.

Lula

Na solenidade no Palácio do Planalto, o presidente Lula da Silva (PT) citou a escalada do crime organizado na Amazônia, os massacres em escolas, a violência contra indígenas, mulheres e crianças, a disseminação de armas no país como problemas que precisam ser combatidos em conjunto e para os quais os atos assinados nesta sexta-feira visam combater.

“A gente vai continuar lutando por um país desarmado. Quem tem que estar bem armado é a polícia brasileira, as Forças Armadas. O que precisamos baixar é o preço dos livros, das festas, das coisas culturais que as nossas crianças precisam ter acesso”, disse.

O plano Amazônia Mais Segura é um dos primeiros atos do Programa de Ação na Segurança (PAS).

Uma ação imediata é a antecipação do repasse aos estados de pouco mais de R$ 1 bilhão do Fundo Nacional de Segurança Pública.