Eleição da OAB-AM esquenta sobre acesso aos inadimplentes

Publicado em: 28/11/2018 às 14:29 | Atualizado em: 28/11/2018 às 14:29

O clima esquentou na eleição para a presidência da OAB-AM que acontece no sambódromo nesta quarta-feira, dia 28.

Integrantes da chapa 30, do candidato Marcelo Kizem, pediram à comissão eleitoral o acesso dos fiscais das agremiações sobre a situação de inadimplência dos advogados.

Estar em dias com a entidade é requisito fundamental para votar.

“Os fiscais foram impedidos de ter essa informação. Aí a gente vê um trânsito contínuo de pessoas e a gente fica com dificuldade de aferir ou entender quem está com aptidão ou não. Se é dada uma certidão de aptidão por que não é dada certidão de inaptidão”?, questiona o advogado Affimar Cabo Verde, candidato a conselheiro federal na chapa de Kizem.

Os ânimos se alteraram com as explicações da comissão eleitoral de que não era possível entregar essa certidão hoje (28), somente após 48 horas, e tão pouco liberar o acesso dos fiscais à situação de pagamento da anuidade dos advogados.

No calor da discussão houve até quem falasse em impugnação do pleito por restrição à informação.

Uma viatura da PM foi chamada e dois policiais acompanhavam de perto a confusão.

 

Sem acesso

Em entrevista ao BNC Amazonas, o vice-presidente da comissão eleitoral, Diego D’Ávilla, explicou que não era possível liberar o acesso dos fiscais das candidaturas, pois isso se configuraria quebra de sigilo bancário, e que o mesmo pedido já havia sido negado por escrito antes do pleito.

“Nós não podemos expor dados bancários dos advogados. A tela do sistema da tesouraria que está montada aqui é a mesma da sede e mostra se o advogado pagou, se está atrasado ou parcelado. […] O funcionário responde por qualquer informação dada e eu assino a certidão [de aptidão após checagem no sistema] e sou o responsável ”, explicou.

D’Ávilla destaca ainda que os fiscais estão acompanhando de perto o trabalho da tesouraria, mas só não podem acessar à tela do sistema.

“Foi uma briga por causa de três metros. Os fiscais acompanham o trabalho da tesouraria, mas nós não deixamos eles terem acesso ao histórico de pagamento dos advogados”, disse.

 

Foto: BNC Amazonas