Em ofício enviado à CPI das Fake News, o WhatsApp informou que baniu mais de 400 mil contas no país durante a campanha eleitoral do ano passado.
A empresa disse que os usuários foram “derrubados” por violarem os termos de uso, o que inclui o disparo de mensagens de maneira automatizada.
Leia mais
No documento, o WhatsApp salienta que a análise não levou em conta o conteúdo do que foi enviado, já que o serviço de mensagens é criptografado.
“O WhatsApp proíbe expressamente o uso de qualquer aplicativo ou robô para enviar mensagens em massa ou para criar contas ou grupos de maneiras não autorizadas ou automatizadas”, afirmou a empresa.
As contas foram retiradas do ar entre os dias 15 de agosto, início oficial da campanha, e 28 de outubro, data do segundo turno.
O documento foi enviado ao presidente da CPI, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), em resposta a um requerimento da deputada Natália Bonavides (PT-RN).
Leia mais
Um dos indícios usados pela empresa para detectar o processo de automatização está relacionado ao comportamento da conta logo depois de ela ser registrada.
“Por exemplo, se um usuário faz alterações rápidas em seu catálogo de contatos ou os números não são compartilhados reciprocamente entre os usuários, isso pode indicar que um remetente obteve números sem o consentimento do usuário”, destaca o documento.
Segundo a empresa, cerca de dois milhões de usuários são banidos por mês no mundo todo por violarem as regras de uso do aplicativo.
O TSE já arquivou uma ação apresentada por Bolsonaro em que o então candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, era acusado de ter se beneficiado na campanha de recursos de sindicatos e uniões estudantis. Em outra ação, Haddad foi multado em R$ 6 mil por impulsionar, via Google, propaganda negativa contra Bolsonaro. O impulsionamento só é permitido quando a propaganda é a favor de um candidato. O petista apresentou um recurso, e o julgamento no plenário do TSE foi interrompido após um pedido de vista da ministra Rosa Weber.
Leia mais em O Globo .
Foto: Reprodução/ Metro Jornal