O general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), fez apenas duas reuniões externas desde que assumiu cargo no Palácio do Planalto, em 84 dias.
Nesse sentido, Pazuello assumiu, em 1º de junho, o cargo de secretário de Estudos Estratégicos, órgão ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Dessa forma, os únicos dois compromissos da agenda oficial de Pazuello nos 84 dias em que esteve no cargo foram dentro do Palácio do Planalto, em reuniões da Secretaria-Geral da Presidência.
A primeira reunião teve duração de duas horas. A segunda, de apenas uma hora e meia.
Então, de acordo com os registros oficiais, ele não realizou nenhuma reunião fora das dependências do Planalto.
Em suma, o restante da agenda de Pazuello é toda preenchida apenas com “despachos internos”. Conforme informa o site Brasil de Fato.
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Horas trabalhadas
A reportagem calculou a proporção dos despachos internos em relação às horas trabalhadas pelo general e concluiu que 99,2% das horas trabalhadas foram preenchidas com esse tipo de atividade.
Ou seja, apenas 0,8% correspondem a reuniões fora da secretaria.
Além disso, durante o período ocupando o cargo atual, Pazuello também já foi duas vezes “a serviço” para Manaus, onde sua família reside.
Contudo, os motivos das viagens à capital do Amazonas não foram divulgados pela Presidência da República.
O Portal da Transparência, onde constam as justificativas oficiais para emissão de passagens aéreas pelo Executivo, ainda não foi atualizado com as informações.
O Brasil de Fato solicitou esclarecimentos sobre as viagens à Secretaria-Geral da Presidência.
Portanto, o cargo é enquadrado na Direção e Assessoramento Superior (DAS) no nível 6, a mais alta das disponíveis.
Como resultado, a remuneração bruta é de R$ 16.944,90. Pazuello soma os vencimentos com sua remuneração militar, de R$ 31.083,96, totalizando aproximadamente R$ 47 mil mensais brutos.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil