A falta de fiscalização quanto ao peso dos veículos que trafegam na BR-319 está destruindo a rodovia e favorecendo as indústrias de recuperação de estradas.
O alerta é do deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) que cobrou ação efetiva do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
“A BR-319 está se revelando um grande sorvedouro [turbilhão] de recursos. A estrada, no período do verão, estava ótima, devidamente recuperada, só que o Dnit e PRF simplesmente não cuidam de controlar o peso e as carretas que estão entrando pela estrada estão destruindo sua estrutura”, explicou Serafim.
Desperdício de dinheiro
O líder do PSB na Casa, também disse que a prática caracteriza um vício entre as empresas de recapeamento e desperdício de dinheiro público.
“Isso vira uma ‘indústria’. A empresa faz o serviço e o Dnit deixa carretas acima do peso andarem na estrada para destruírem o serviço feito. Isso é a garantia de que no próximo ano, estas empresas terão para si novos contratos de manutenção da BR-319. Isso é desperdício de dinheiro público. Nunca teremos a estrada sem que o Dnit e a PRF estabeleçam um limite de peso”, alertou.
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Outro problema mencionado pelo parlamentar é a irregularidade das pontes fluviais, o que também beneficia a “indústria das balsas”.
“Outra questão diz respeito às balsas, em razão da travessia dos rios e dos igarapés maiores, que existem ao longo das estradas. As pontes deveriam ser as primeiras obras a serem feitas. Como não são feitas, aí você tem a indústria das balsas, porque aquilo é uma mina de ouro”, lamentou o parlamentar.
Apelo a Bolsonaro
Serafim, da tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), fez um apelo ao presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL) e ao futuro ministro de Infraestrutura, ex-diretor do Dnit, Tarcísio Gomes de Freitas , para que verifiquem a situação.
“Venho à tribuna desta Casa denunciar esses dois fatos. Eles são da maior gravidade. Isso reflete na situação de permanente isolamento do nosso estado em relação ao restante do Brasil. Apelo ao próximo presidente da República e ao novo ministro da Infraestrutura para que se atentem a esta situação. Essas indústrias, a das balsas e da recuperação das estradas – tendo em vista a falta de controle de peso – são antigas. E isso precisa ser solucionado”, afirmou.
*Com foto e informações da assessoria de imprensa.