No primeiro dia da 12ª Reunião Anual da Força-Tarefa de Governadores pelo Clima e Florestas (GCF Task Force), nesta quinta-feira (17), no Amazonas, três fatos se destacaram. O principal deles foi o lançamento do Plano de Ação de Manaus, ou Manaus Action Plan, em inglês.
Trata-se do principal resultado coletivo do fórum para nortear as próximas ações da força-tarefa. Por exemplo, o plano coloca como prioridade o combate à pobreza, que ainda prevalece em áreas de florestas tropicais.
Ao mesmo tempo, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), presidente do fórum, apelava para que grandes investidores mundiais conheçam a Amazônia e ajudem seus povos a se desenvolverem.
Em seguida, Lima lançou o programa Guardiões da Floresta. É um sistema de pagamento por serviços ambientais.
“O mundo hoje olha para a floresta e só vê as árvores. O mundo olha para a floresta hoje e não vê que, em meio às arvores, existem pessoas reais vivendo aqui. É como se, apenas aqui no Brasil, 38 milhões de cidadãos, população maior que as da Noruega, Finlândia, Dinamarca, Portugal e Suécia somadas, simplesmente não existissem. Aos olhos do mundo, hoje, somos 38 milhões de pessoas invisíveis”, disse Lima.
O evento, realizado pelo Governo do Estado, reúne até este dia 18, no centro de convenções Vasco Vasques, os governadores do Amazonas, Acre e Amapá, e cinco da Colômbia, México, Indonésia e Peru. Além do vice-governador do Mato Grosso e 150 lideranças de diversos países detentores de florestas tropicais.
“Eu termino meu pronunciamento fazendo dois convites a todos – dos países ricos aos brasileiros que vivem nas regiões mais desenvolvidas do Brasil. O primeiro: conheçam a Amazônia. O segundo: invistam na Amazônia. Nós queremos e precisamos da ajuda de todos para manter a floresta em pé e seguir progredindo para melhorar a vida de nossos filhos”, disse Lima.
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Guardiões da Floresta
Um edital de seleção para organizações da sociedade civil para operação do programa Guardiões da Floresta.
Conforme o governo, ele é uma reestruturação do programa Bolsa-Floresta, criado em governos anteriores.
Entre as principais novidades do programa está o aumento em 100% do valor da remuneração paga às famílias residentes nas unidades de conservação. Ou seja, passa de R$ 50 para R$ 100.
Além disso, o programa ganha duas ampliações. Em primeiro lugar, aumenta em 50,5% a quantidade de famílias beneficiadas: de 9.400 para 14.150 . Em segundo lugar, o número de unidades de conservação abrangidas vai de 16 a 28.
Foto: Bruno Zanardo/Secom