Aliados do vice-governador Carlos Almeida (PRTB) têm uma hipótese para explicar a fúria do deputado Wilker Barreto (Podemos), líder da oposição na ALE-AM, contra o governo Wilson Lima (PSC).
Segundo eles, a raiz dos ataques está num processo que Almeida, em 2016, moveu contra Barreto por quebra de decoro parlamentar, que poderia render a perda de mandato de Wilker, então vereador.
À época, Carlos Almeida, como defensor público, denunciou que o ex-vereador havia comandado ilegalmente uma ação de derrubada de casas na periferia da capital.
Nota de esclarecimento
A assessoria do deputado Wilker Barreto emitiu a seguinte nota em relação à matéria acima. Confira na íntegra.
Em relação a matéria divulgada no portal BNC acerca da ‘fúria contra o vice-governador Carlos Almeida Filho e o governador Wilson Lima’, o deputado Estadual Wilker Barreto (Podemos) vem a público esclarecer que:
1 – Não existe qualquer tipo de fúria por parte do parlamentar que realiza um mandato de oposição ao Governo do Amazonas, assim como fator pessoal ou de foro íntimo. O que existe é um trabalho irmanado com a população, onde desde o mês de fevereiro são constatadas inúmeras irregularidades, principalmente, nas áreas da Saúde, Educação e Segurança, bem como a incorreta aplicabilidade do dinheiro público, sempre denunciadas da tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), pelo líder da minoria, com documentos comprobatórios das inúmeras ações que ferem o zelo com a causa pública.
2 – Quanto ao fato das ‘supostas derrubadas de casa ilegalmente’ como afirma a matéria, o deputado Wilker Barreto, então vereador e presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), atuou como prefeito em exercício da capital (interino), mediando com os moradores do Nossa Senhora de Fátima 1, na Zona Norte, que sofriam com as iminentes chuvas do inverno de 2016. Órgãos da Prefeitura de Manaus, como a Subsecretaria da Casa Militar, da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), Defesa Civil Municipal e Secretaria Municipal da Mulher, Ação Social e dos Direitos Humanos (Semasdh), atuaram para solucionar o problema de décadas vivenciado pelos comunitários.
Na época, como foi noticiado na imprensa local, o parlamentar conversou com os moradores e anunciou a retirada de algumas residências, principalmente aquelas que foram construídas irregularmente em cima do leito do rio e igarapés, o que facilitava o avanço do alagamento para outras residências. Os moradores receberam todo o suporte da prefeitura de Manaus, como aluguel social.
3 – Das casas construídas irregularmente no leito do igarapé e posteriormente retiradas, apenas três residências não foram removidas ao serem impedidas pelo então Defensor Público do Estado, hoje vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho. A não retirada das três casas hoje prejudica cerca de 200 moradores da área com alagamentos e enchentes.
Por fim, o deputado Wilker esclarece que vai continuar na luta diária de fiscalizar o Executivo Estadual, ao mesmo tempo colaborando com sugestões para os gestores que cuidam do estado do Amazonas.
Foto: BNC