Fux deixa chefia dizendo que STF não teve ‘um dia de paz’

Em seu discurso, Fux lamentou as mortes durante a pandemia de covid-19, falou dos desafios da Corte com o cenário virtual e as vitórias conquistadas durante sua atuação

Diamantino Junior

Publicado em: 08/09/2022 às 18:11 | Atualizado em: 08/09/2022 às 18:11

O ministro Luiz Fux comandou, nesta quinta-feira (8), a última sessão de julgamentos do plenário em sua gestão na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). O biênio de Fux na presidência da Corte (2020/2022) se encerra na próxima segunda-feira (12), quando passará o cargo para a ministra Rosa Weber.

Em seu discurso, Fux lamentou as mortes durante a pandemia de covid-19, falou dos desafios da Corte com o cenário virtual e as vitórias conquistadas durante sua atuação.

O ministro, no entanto, lamentou ataques ao STF e disse que a Corte não viveu “um só dia sem ter a legitimidade de suas decisões questionadas”:

“Não bastasse a pandemia, nos últimos dois anos a Corte e seus membros sofreram ataques em tons e atitudes jamais vistos na história do país. Não houve um dia sequer em que a legitimidade de nossas decisões não tenha sido questionada, seja por palavras hostis, seja por atos antidemocráticos”, lamentou o ministro, que assumiu a presidência após 42 anos de carreira jurídica.

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Fux ainda continuou em seu discurso de despedida: “Mesmo em face das provocações mais lamentáveis, esta Corte jamais deixou de trabalhar altivamente, impermeável às provocações, para que a Constituição permanecesse como a certeza primeira do cidadão brasileiro, o ponto de partida, o caminho e o ponto de chegada das indagações nacionais”, disse.


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Foto: Carlos Moura/SCO/STF