Governadores cobram de Bolsonaro plano nacional de vacinação
Governadores pedem novas reuniões e querem compra de todas as vacinas contra o coronavírus em um cronograma de aplicação do país

Mariane Veiga
Publicado em: 08/12/2020 às 17:01 | Atualizado em: 08/12/2020 às 17:15
Governadores de diversos Estados estiveram em Brasília nesta terça-feira (8) para cobrar do governo federal um plano nacional de vacinação.
Seis deles se reuniram com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e outros participaram do encontro de forma remota.
Eles cobraram urgência para a realização de plano de vacinação da população brasileira contra o coronavírus (covid-19).
Durante a reunião, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), questionou Pazuello sobre politização da CoronaVac, imunizante produzido pelo Instituto Butatan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
“A vacina Covax Facility recebeu investimento de R$ 2,5 bilhões. O ministério anunciou também investimento de mais de R$ 1 bilhão na vacina da AstraZeneca. Ambas não foram aprovadas pela Anvisa. Agora, a CoronaVac não recebeu nenhum investimento do governo federal. O que difere, ministro, a condição da sua gestão de privilegiar duas vacinas em detrimento de outra? É de ordem ideológica, política ou razão de falta de interesse em disponibilizar mais vacinas?”, questionou.
De acordo com Pazuello, a pasta acompanha desenvolvimento de nove vacinas contra o vírus. O ministro também negou viés político na corrida pelo imunizante contra a covid-19.
Antes da reunião, no Palácio do Planalto, os governadores falaram sobre a necessidade de mais encontros para traçar o plano.
“A minha sugestão na reunião é da necessidade imediata de um novo encontro com o Ministério da Saúde para tratar a estratégia da vacinação. O tema requer urgência”, afirmou Fátima Bezerra (PT- RN).
O governador do Piauí, Wellignton Dias (PT), destacou que a posição principal é salvar vidas.
Conforme publicou o R7, também estiveram em Brasília os governadores Ronaldo Caiado, de Goiás, Paulo Câmara, de Pernambuco, Gladson Cameli, do Acre e Helder Barbalho, do Pará.
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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República