Governadores negociam Fundo Amazônia longe de Bolsonaro

Governadores

Publicado em: 19/08/2019 às 14:01 | Atualizado em: 19/08/2019 às 14:01

Uma nota oficial do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, formado pelos governadores do Acre, Amapá, Amazonas (na foto, Wilson Lima), Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, divulgou como vão tratar com o Fundo Amazônia.

Diante do anúncio dos governos da Alemanha e Noruega, principais financiadores, de corte de repasse de recursos para o fundo, por causa da posição do governo federal, os governadores amazônicos decidiram que vão negociar diretamente para manter os financiamentos internacionais.

“O bloco amazônico lamenta que as posições do governo brasileiro tenham provocado a suspensão dos recursos. Nós, governadores da Amazônia Legal, somos defensores incondicionais do Fundo Amazônia”, diz a nota, em nome do governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), que é presidente do consórcio.

No último dia 10, a Alemanha anunciou a suspensão do financiamento de R$ 155 milhões para projetos de preservação da Amazônia refletindo “a grande preocupação com o aumento do desmatamento “.

Cinco dias depois, a Noruega suspendeu repasse de 300 milhões de coroas norueguesas, o equivalente a R$ 133 milhões.

 

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Bolsonaro avisado

Os governadores já informaram ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) e às embaixadas da Noruega, Alemanha e França que o consórcio “estará dialogando diretamente com os países financiadores do fundo”.

“Somos radicalmente contra qualquer prática ilegal de atividades econômicas na região. No âmbito de nossas atuações, estamos firmes e vigilantes no combate e punição aos que querem atuar fora da lei. Por isso, estamos cobrando do governo federal o combate e a punição das atividades ilegais”.

 

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Gerência pelo Basa

Além disso, o bloco de governadores exige participar diretamente das decisões para reformulação das regras do Fundo Amazônia, no BNDES. A sugestão é que o Banco da Amazônia (Basa) passe a gerir os recursos do fundo.

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Foto: Diego Péres/Secom