Além de não ter conseguido mobilizar a categoria para greve de dois dias, ontem e hoje, dia 9, o comando do movimento dos servidores do Governo do Amazonas sofreu novo revés nesta sexta. Decisão da Justiça estadual manda que os servidores encerrem a paralisação por tempo determinado e voltem ao serviço.
A pedido da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), o desembargador Délcio Santos, em decisão monocrática, acolheu os argumentos do governo de que a greve, ainda que curta, causa prejuízo à sociedade.
No despacho decisório, de dois itens, o magistrado manda que as entidades sindicais representadas na ação orientem seus filiados para que não parem os serviços. E quem aderiu, volte imediatamente ao trabalho.
A desobediência resulta em multa diária de R$ 100 mil.
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Também autoriza o desembargador o governo a descontar na folha do servidor a falta ao serviço. Caso mais à frente vir a ser demonstrada culpa do governo para a greve, esse desconto será considerado indevido.
A ação civil pública da PGE mira as principais entidades representativas dos servidores da segurança pública, saúde e educação, entre elas Sinteam, Sinpol, Sindsaúde, Asprom, Apeam, Sintesam e outras.
Segundo argumentado ao juízo, esses sindicatos se uniram para protestar contra a lei complementar 198/2019, do Governo do Amazonas, que suspendeu para 2021 e 2022 as datas-bases, promoções e outros direitos trabalhistas.
Além disso, apenas três entidades dessas teriam informado que manteriam o percentual mínimo de prestação dos serviços essenciais.
O governo alegou que essas medidas são necessárias para o estado voltar a se enquadrar aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Sobre os policiais militares e civis e os bombeiros, o desembargador lembra que é vedada pela Constituição qualquer tipo de paralisação dos serviços.
Militares já haviam recuado
Pouco antes de sair a decisão da Justiça sobre a suspensão da greve, liderança dos praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros já anunciavam recuo na adesão à paralisação.
A orientação do comando do movimento era para o retorno às atividades.
Segundo o presidente da Associação dos Praças (Apeam), Gerson Feitoza, uma nota vai ser divulgada para orientar os próximos passos do movimento.
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Foto: Divulgação/Secom