Guedes sinaliza mais uma vez e diz que Petrobrás não valerá nada em 30 anos
O ministro da Economia Paulo Guedes defendeu que o motivo é tirar o petróleo o mais rápido possível para transformar a riqueza

Mariane Veiga
Publicado em: 26/10/2021 às 10:29 | Atualizado em: 26/10/2021 às 10:44
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a sinalizar, nesta segunda-feira, 25, apoio à privatização da Petrobrás, como uma forma de extrair mais rápido o petróleo e gás natural brasileiros.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro também sinalizou que a possibilidade já esteve no radar do governo.
“O presidente Bolsonaro falou que estudaria o que ia fazer com a Petrobrás. Afinal de contas, se estamos com crise hídrica e tivemos escândalo de corrupção, são 30 a 40 anos de monopólio no setor elétrico e no setor de petróleo. E, se daqui a 10 ou 20 anos, o mundo inteiro migra para hidrogênio e energia nuclear, abandonando o combustível fóssil. A Petrobras vai valer zero daqui a 30 anos. E deixamos o petróleo lá embaixo com uma placa de monopólio estatal em cima”, ironizou.
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De acordo com Guedes, o objetivo é tirar o petróleo o mais rápido possível para transformar a riqueza em educação, investimentos e tecnologia.
“Tem que sair mais rápido. Não adianta ficar uma placa dizendo que é estatal e o petróleo não sai do chão. E quando sai, sai com corrupção. Se houve a maior roubalheira da história no ‘Petrolão’ e agora o preço do petróleo só sobe, o que o povo brasileiro ganha com isso?”, questionou.
Conforme destacou o ministro, as ações da Petrobrás subiram 6% após Bolsonaro dizer que iria estudar meios para privatizar a empresa.
“Em mais duas ou três semanas, são R$ 15 bilhões criados. Isso não existia, não é tirar do povo. É uma riqueza que estava destruída, bastou o presidente dizer que ia estudar que o negócio saiu subindo. Não dá para dar R$ 30 bilhões para os mais frágeis (no Auxílio Brasil)?”, completou.
Da mesma maneira, Bolsonaro já defendeu por várias vezes a privatização da estatal.
No entanto, na avaliação de Bolsonaro, privatizar a empresa não dá a garantia de que ela vai crescer.
Segundo o presidente, tirar o monopólio do combustível do estado abre a possibilidade de os problemas com os combustíveis ficarem na mesma coisa “ou talvez pior”.
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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República