Indústria da ZFM fatura US$ 29,3 bilhões em dez meses de 2023

De janeiro a outubro de 2023, o resultado do polo industrial em real é de 146,9 bilhões

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Ferreira Gabriel

Publicado em: 05/01/2024 às 15:38 | Atualizado em: 05/01/2024 às 15:38

A indústria da Zona Franca de Manaus (ZFM) teve faturamento de R$ 146,9 bilhões (US$ 29,3 bilhões) de janeiro a outubro de 2023.

Os Indicadores da Suframa, divulgados neste dia 5, revelam também que as exportações foram de R$ 2,3 bilhões (US$ 473,6 milhões).

No período aumentou também a produção física em relação a 2022 na unidade evaporadora para split (213,5%), receptor de sinal de televisão (166,3%); condicionador de ar janela ou de parede (83,2%); microcomputadores – desktop (66,2%), por exemplo.

Na mão de obra, as empresas mantiveram o nível de 2022, com 112 mil trabalhadores diretos.

Conforme a Suframa, é o melhor resultado desde 2014.

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Pilares

O polo de bens de informática faturou R$ 35,8 bilhões (US$ 7,16 bilhões) até outubro.

Dessa forma, mantém liderança de participação no faturamento total da ZFM com 24,43% (24,41% em dólar).

É seguido pelos setores de eletroeletrônico 29,23% (R$ 28,2 bilhões e US$ 5,64 bilhões); e duas rodas 17,6% (R$ 25,9 bilhões e US$ 5.18 bilhões).

Para o titular da Suframa, Bosco Saraiva, as perspectivas são boas para este ano no impacto positivo na produção e no faturamento da ZFM.

“Temos a expectativa de números melhores para 2024, em resultado da tendência de redução da taxa básica de juros por parte do Copom, iniciada no mês de agosto. Decisão que pode se refletir na recuperação da capacidade de consumo das famílias. Além disso, a estabilização dos níveis dos rios, obras de dragagem em pontos críticos e sinalização de reversão gradual dos severos efeitos da estiagem devem contribuir positivamente com a normalização da produção”.

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Retomada local

Saraiva citou outros fatores que podem ajudar nesse processo de retomada da economia local.

“Temos o programa Desenrola, do governo federal, que tem o intuito de renegociar dívidas, pois a redução do grau de endividamento das famílias permitirá maior margem para consumo; a desaceleração do Índice de Inflação ao longo do ano, especialmente de alimentos, o que aumenta o poder de compra do consumidor; a reversão do processo de juros altos, a partir da terceira redução consecutiva da taxa Selic pelo Banco Central, e perspectiva assinalada pelo Copom de manutenção da redução na próxima reunião, e cuja tendência é baratear a aquisição do crédito; a elevação da avaliação do grau de investimento do Brasil; que atrai investidores para a economia nacional e tende a reduzir o valor do dólar; e, por fim, a promulgação da reforma tributária, que aumenta as expectativas de empresários, revela estabilidade política, e traz perspectivas de crescimento econômico no longo prazo”.

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