De acordo com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o novo presídio de segurança máxima de Brasília, inaugurada nesta terça, dia 16, é para presos condenados e provisórios sujeitos ao regime disciplinar diferenciado e líderes de organizações criminosas.
Também ficarão presos nessa penitenciária os réus colaboradores presos ou delatores premiados que corram risco de vida no sistema estadual.
O Amazonas mantém em presídios federais os líderes de facções criminosas e narcotraficantes João Pinto Carioca, o João Branco, José Roberto Barbosa, o Zé Roberto da Compensa, Gelson Carnaúba e outros considerados pela segurança pública do estado como de alta periculosidade.
Jungmann disse que o sistema penitenciário federal atende aos padrões internacionais de excelência, seja no respeito à integridade dos presos, seja em relação à necessidade de segregar “aqueles que ameaçam a sociedade”.
“Precisamos fazer com que este modelo seja o de todo o Brasil”, disse o ministro, referindo-se às unidades prisionais sob responsabilidade dos governos estaduais.
“Temos [no sistema federal] zero fuga, zero rebelião, nada de entrada de celulares, mas, sobretudo, temos integral respeito às normas e regras”, afirmo o ministro.
No novo presídio, o quinto federal de segurança máxima do Brasil inaugurado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), inicialmente vai operar com um dos quatro blocos de 52 celas. Isso porque são necessários 250 agentes penitenciários, e hoje apenas 120 já estão contratados.
Leia mais
PCC apelou a “Lúcifer” para dar fim em Zé Roberto, 01 da FDN
Construção não permite fuga
Com 12.300 metros quadrados (m²) de área construída, a penitenciária federal de Brasília conta com 208 celas individuais distribuídas pelos quatro blocos.
Cada bloco é subdividido em quatro alas, com 13 celas cada. O projeto original prevê que todos os espaços sejam controlados por agentes penitenciários e por um circuito de câmeras, 24 horas por dia.
Cada cela individual mede 6 m² e conta com dormitório, sanitário, pia, chuveiro, mesa e assento. As paredes são feitas de concreto armado para evitar explosões e tentativas de fuga.
A construção e o aparelhamento da unidade exigiram investimento de cerca de R$ 45 milhões e consumiram quatro anos.
A unidade de Brasília soma-se às quatro unidades federais de segurança máxima em funcionamento no país: Campo Grande, em Mato Grosso do Sul; Catanduvas, no Paraná; Mossoró, no Rio Grande do Norte; e Porto Velho, em Rondônia.
Outras duas penitenciárias federais de segurança máxima estão sendo construídas em Charqueadas, no Rio Grande do Sul, e Itaquitinga, em Pernambuco.
Fonte: Agência Brasil
Leia mais
Empresa de Giuliani indica presídio federal no interior como solução
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil