Justiça do AM manda O Globo retirar matérias contra estudo da Samel

A droga proxalutamida foi testada com sucesso em pacientes de covid e resultados levaram a Anvisa a autorizar o prosseguimento do estudo puxado por Beto Nicolau

11/08/2021 14:13

Da Redação do BNC Amazonas

A pedido do presidente do grupo Samel, Luís Alberto “Beto” Nicolau, a Justiça do Amazonas determinou que o jornal O Globo retire do site e redes sociais três matérias contra o estudo da droga proxalutamida.

A decisão é do juiz Manuel Amaro de Lima, da 3ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM).

Trata-se, pois, da questão de experiência científica realizada no Amazonas pela Samel e médicos do Brasil e dos Estados Unidos.

Portanto, conforme o juiz, O Globo publicou reportagem em série que desmerecem o efeito da droga contra a covid (coronavírus).

Por causa disso, Beto Nicolau recorreu à Justiça. Entre os argumentos, informou que o estudo ganhou da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para seu prosseguimento. Além disso, apresentou todos os resultados positivos alcançados no tratamento de pacientes de coronavírus.

Segundo Beto Nicolau, as “acusações [de O Globo] são graves e inverídicas, sem observância dos limites constitucionais à liberdade de expressão e de imprensa”.

Todas as matérias são da colunista Mallu Gaspar nos dias 9, 15 e 20 de abril deste ano.

De acordo com o presidente da Samel e patrocinador do estudo, tudo foi feito de acordo com protocolos da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

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Excessos

Conforme o juiz, o jornal cometeu “excesso no seu direito de informar, em face da exposição da imagem do autor”, neste caso a Samel e seu presidente.

“Extrai-se que a continuidade na veiculação da imagem do autor, na forma como estão escritas as matérias, poderá causar prejuízos e danos de difícil reparação à honra e imagem do autor”.

O prazo para apagar os conteúdos ofensivos ao estudo e à empresa e ao seu presidente foi de 48 horas, desde o dia 5. Contudo, em pesquisa feita hoje (11), pelo menos duas das três matérias citadas na sentença da Justiça ainda estão no portal de O Globo.