A Justiça Federal no Amazonas condenou Rodrigo Faria da Silva, um dos diretores das empresas do Grupo Lótus / AmazonBank, a 20 anos e 3 meses de reclusão.
Rodrigo foi denunciado pelo Ministério Público Federal e é o primeiro condenado por esquema fraudulento que movimentou pelo menos R$ 156 milhões de reais entre 2019 e 2022 e envolveu pessoas no Amazonas, no Pará, no Rio Grande do Norte e em Roraima.
Ele foi condenado por cometer os crimes de operação de instituição financeira sem autorização do Banco Central, gestão fraudulenta de instituição financeira, ganhos ilícitos por meio de processos fraudulentos, oferecimento de valores mobiliários sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários, exercício de assessoria de investimento não autorizada, além de condenado por formar e pertencer a uma organização criminosa.
Além de Rodrigo Faria, outros sete envolvidos nas empresas do Grupo Lótus / AmazonBank haviam sido denunciados juntos pelos crimes, após investigação liderada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPF do Amazonas e conduzida pela Delegacia de Crimes Financeiros do Amazonas. Com o desmembramento do processo original, Rodrigo Faria foi sentenciado primeiro, e os demais aguardam julgamento.
De acordo com a denúncia apresentada pelo MPF em janeiro do ano passado, um grupo de empresas que incluía Amazon Bank, Group Lótus Corporate Ltda e Lotus Business Center Promoção de Vendas Ltda era utilizado para fazer a assessoria de investimentos fraudulentos, levando pessoas a prejuízos financeiros.
Em propagandas na internet, o grupo prometia ganhos irreais aos possíveis investidores, com rendimentos na casa de 300%, o que supera em muito qualquer realidade de mercado.
Além dos investimentos, o Amazon Bank oferecia serviços como abertura de conta on-line, cartão de crédito e seguro, atividades típicas de instituições financeiras, embora não possuísse autorização do Banco Central.
As empresas do grupo ainda anunciavam investimentos em criptomoedas, Forex (Foreign Exchange Market), opções binárias (IQ Option) ou via HFT (High Frequency Trade), operações não autorizadas no Brasil.
O alvo preferencial do esquema eram servidores públicos, incentivados a obter empréstimos junto a seus bancos para investir nas instituições do grupo, com a promessa dos ganhos irreais.
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Foto: Divulgação