Entidades do setor industrial e comercial do Amazonas manifestaram pesar pela morte de Mário Guerreiro, empresário e ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, que faleceu aos 103 anos na última quinta-feira (15/8), em Manaus.
Guerreiro, conhecido por ser um dos pioneiros da industrialização das fibras naturais na Amazônia, foi uma figura de destaque na economia regional e um dos 160 amazonenses que lutaram na Itália durante o maior conflito armado da história.
A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), por meio de seu presidente, Antônio Silva, emitiu uma nota expressando suas condolências e destacando a rica trajetória de Mário Guerreiro no empreendedorismo local.
“Pioneiro na industrialização na Amazônia, Mário Guerreiro deixa o legado de um homem que dedicou sua vida ao beneficiamento de fibras naturais e também ao apoio à Zona Franca de Manaus”, declarou Silva.
Nas redes sociais, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas (Fecomércio AM) também lamentou a perda, ressaltando a liderança do empresário.
“Mário Guerreiro foi um dos grandes líderes empresariais do Amazonas, dedicando toda sua vida ao desenvolvimento econômico industrial do nosso estado”, afirmou a entidade.
A Associação Comercial do Amazonas (ACA), da qual Guerreiro foi presidente, emitiu uma nota destacando sua dedicação ao desenvolvimento do comércio e da indústria no estado.
“A memória de Mário Guerreiro continuará a inspirar todos nós”, declarou a associação, reforçando o legado de integridade e visão deixado por ele.
O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), fundado por Guerreiro, também se manifestou, enfatizando sua visão empreendedora.
“Ele foi visionário e grande fundador, deixando seu legado perenizado nos anais da memória fabril e na paisagem de desenvolvimento econômico da Amazônia”, destacou a entidade.
Belisário Arce, diretor executivo da Associação PanAmazônia, lembrou o papel fundamental de Guerreiro na industrialização das fibras de juta e malva na região.
“Ele será lembrado não apenas como um líder empresarial, mas também como um cidadão exemplar, que sempre lutou pelo progresso da sua terra”, afirmou Arce.
Mário Guerreiro nasceu em Manaus, no bairro Villa Municipal (hoje Adrianópolis), e desde jovem demonstrou um espírito empreendedor e uma forte ligação com sua terra natal.
Durante a Segunda Guerra Mundial, ele participou das operações na Itália, retornando ao Brasil em 1945. Como empresário, foi cofundador da Brasil Juta em 1951, que se tornou a maior empresa do setor nas Américas.
Em 2021, aos 100 anos, Mário Guerreiro venceu a covid-19 após uma longa internação de 40 dias. Ele deixa um legado de oito filhos, 12 netos, 22 bisnetos e dois tataranetos, além de uma trajetória marcada por sua contribuição inestimável ao desenvolvimento da Amazônia. Sua neta, Juliana Guerreiro Monteiro de Paula, lembrou que ele “foi guerreiro no nome e na vida”.
Leia mais no g1
Foto: reprodudção