Depois que declarou ao Estadão que “não concorda” com quem “opta por ser homossexual”, o ministro da Educação pode ser investigado peloSupremo Tribunal Federal (STF).
Nesta sexta (24), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF a abertura de inquérito contra Milton Ribeiro por homofobia.
Tal pedido foi feito logo em seguida às declarações do ministro e a iniciativa foi do vice-procurador-geral da República, Humberto Medeiros.
Além disso, Ribeiro também pode ter de prestar depoimento à Polícia Federal se o pedido da PGR for acatado.
Pastor presbiteriano, o ministro disse ainda que jovens homossexuais são consequência de “famílias desajustadas”. E recomendou ainda que discussões sobre gênero sexual não ocorram nas escolas.
“Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato, e caminha por aí”, disse o ministro.
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Partidos pedem impeachment
Como resultado de suas falas, Ribeiro sofreu até esta manhã de sábado (26) outras duas ações. Ao STF, o partido Rede Sustentabilidade representou contra o ministro por homofobia por meio do senador Fabiano Contarato (ES).
Ele é o primeiro senador assumidamente homossexual.
Ao mesmo tempo, a bancada do Psol na Câmara dos Deputados fez pedido de impeachment na PGR contra o ministro, também pelo crime de homofobia.
Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República