Após ser reconduzido hoje (1º) ao cargo de presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que o argumento de impeachment de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) não será mais usado na Casa Alta e que o parlamento se manterá independente e cooperativo com os outros poderes.
Com o apoio de Lula da Silva (PT), Pacheco foi reeleito presidente do Senado para mais dois anos de mandato.
Ele venceu a disputa com 49 votos, contra 32 de Rogério Marinho (PL-RN), candidato do campo bolsonarista.
Os aliados de Marinho defendiam o impeachment de ministros como Alexandre de Moraes, responsável pelos inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas Pacheco nunca deu prosseguimento aos pedidos.
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Após a vitória, o presidente reeleito do Senado refutou tramitar pedidos contra os membros da Corte.
“Esse argumento mentiroso de que impeachment de ministro do STF será a solução de tudo não será mais banalizado”, disse Rodrigo Pacheco.
Em fala a jornalistas, ele declarou que o judiciário não pode ser provocado a todo momento e que vai pautar a relação com o STF “na base do diálogo, sem revanchismo e sem retaliação”.
Pacheco afirmou ainda que vai restabelecer a “boa relação” com os outros dois poderes.
“Vamos ser cooperativos, mas não subservientes com a presidência da República e com o Supremo Tribunal Federal”.
Antes da eleição, Pacheco defendeu limitar poder do STF. Mais cedo, porém, em discurso aos senadores, o parlamentar disse que iria trabalhar para legislar sobre o Judiciário.
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Foto: Carlos Moura/SCO/STF