O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) deu mais 30 dias para a Secretaria de Segurança Pública (SSP) passe o sistema de espionagem “Guardião” para a Polícia Civil. O mesmo vale para o Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD).
Hoje esse aparelho é usado pela Secretaria-Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai), da SSP. Seu ex-titular foi exonerado depois que foi preso na operação Garimpo Urbano, do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP-AM).
Essa operação foi realizada em 9 de julho deste ano, quando o então secretário de Inteligência do Amazonas, delegado Samir Freire, foi acusado de usar o “Guardião” para escutas ilegais.
De posse de informações colhidas nessa espionagem, Freire e seu grupo de policiais teriam roubado cerca de 60 quilos de ouro de garimpeiros, também ilegais, desde 2019.
Como resultado, o secretário foi alvo de pelo menos quatro denúncias de garimpeiros achacados.
A pedido do MP-AM, a Justiça acaba de prorrogar por 30 dias a prisão temporária de Freire e três investigadores também da Polícia Civil.
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DG assume uso
Com essa recomendação, o Ministério Público quer que o “Guardião” e o laboratório sejam operados exclusivamente pela polícia judiciária. Dessa forma, a delegada-geral da Polícia Civil passa a ser a responsável pelo uso dos sistemas.
Foto: Divulgação