Na primeira onda da covid, Bolsonaro distribuiu 11 vezes mais cloroquina

A confirmação foi feita por meio de documento oficial recebido do Exército pela CPI da covid

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Publicado em: 26/05/2021 às 15:21 | Atualizado em: 26/05/2021 às 15:27

Enquanto o país vivia o drama de mortes em massa na primeira onda da pandemia do coronavírus (covid), o governo Bolsonaro mandava aumentar a produção de cloroquina.

Essa afirmação é conforme documento oficial recebido do Exército pelo presidente da CPI da covid (CPI da pandemia), senador Omar Aziz (PSD-AM).

De acordo com a informação, o laboratório estatal distribuiu em 2020 mais de 11 vezes mais cloroquina a hospitais militares e a estados e municípios. A comparação, portanto, é diante de 2018 e 2019.

O governo Bolsonaro, portanto, mirava o “tratamento precoce” da covid, para o qual o remédio de malária já foi declarado ineficaz pela ciência.

Segundo a informação do ministro da Defesa à CPI, em 2020 foram distribuídos 2.931.820 comprimidos de cloroquina 150 mg.

Amazonas e a capital Manaus, por exemplo, foram alvos preferenciais da distribuição de cloroquina.

Leia no blog de Ana Flor, no G1.

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Foto: Divulgação/ebc