Iram Alfaia , de Brasília
O deputado federal Pablo Oliva, do Amazonas, está na relação dos parlamentares do PSL que deixarão a sigla para marchar ombro a ombro com o presidente da República, Jair Bolsonaro, no Aliança pelo Brasil, novo partido a ser criado.
Seu nome está na lista dos presentes ao encontro desta terça-feira, dia 12, no Palácio do Planalto, de 33 congressistas do PSL com o presidente.
Nessa reunião, Bolsonaro oficializou a decisão de deixar o PSL e discutiu detalhes sobre a criação e filiação ao novo partido.
Embora não apareça na foto do presidente com os parlamentares divulgada no Twitter do deputado Felipe Barros (PR), é confirmado que o deputado amazonense esteve no encontro e seu nome está também entre os 42 deputados que vão migrar para o futuro partido.
As informações estão na página oficial do Aliança pelo Brasil criada no Twitter.
Antes da reunião, Pablo havia informado que teria um encontro reservado com o presidente . Na agenda presidencial não foi divulgado nenhuma reunião com o parlamentar amazonense. A reportagem não conseguiu contato com o deputado.
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Convenção já tem data
Segundo informações da página do Aliança pelo Brasil, a primeira convenção nacional do partido ficou pré-agendada para o próximo dia 21, em Brasília. O estatuto e demais detalhes deverão ser detalhados até a ocasião.
Todos os congressistas que fizerem a migração para a nossa legenda vão optar entre transferir ou não recursos do PSL para o Aliança pelo Brasil.
O futuro partido ainda fez cálculos para poder participar das próximas eleições. “Para que possamos lançar candidatos próprios nas próximas eleições municipais, será necessário cumprir todos os trâmites legais até março do ano que vem. Estarão em pauta os cargos de prefeitos e vereadores”, conforme a nota.
“O PSL conta hoje com 53 deputados federais e três senadores. O Aliança pelo Brasil também está aberto e em negociação para abrigar políticos atualmente em outros partidos”, diz outro trecho da informação.
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Obstáculo maior
Apesar do otimismo, não será tarefa fácil a criação da nova sigla. São exigidas 500 mil assinaturas que precisarão ser conferidas uma a uma. Além disso, o prazo é curto para lançamento de candidaturas no próximo ano.
“Quanto à coleta de assinaturas para a criação do novo partido, ficou decidida a implementação de um aplicativo, com certificação digital, a fim de acelerar o processo, as candidaturas e as filiações públicas”, diz nota dos organizadores da nova legenda.
Foto: Divulgação