Países amazônicos, sem Maduro, se reúnem na tríplice fronteira

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta quarta-feira, dia 28, a realização de uma reunião para tratar de políticas para a Amazônia entre os países da região, com exceção da Venezuela. O encontro deve acontecer no dia 6 de setembro em Letícia, cidade colombiana, que fica na margem esquerda do rio Amazonas, e no ponto em […]

29/08/2019 10:55

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta quarta-feira, dia 28, a realização de uma reunião para tratar de políticas para a Amazônia entre os países da região, com exceção da Venezuela.

O encontro deve acontecer no dia 6 de setembro em Letícia, cidade colombiana, que fica na margem esquerda do rio Amazonas, e no ponto em que a fronteira entre Colômbia, Brasil, por meio da cidade de Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus), e Peru formam a tríplice fronteira.

O presidente também revelou, após breve encontro com o presidente do Chile, Sebastian Piñera, que o Brasil aceitou receber quatro aviões chilenos para ajudar no combate às queimadas na Amazônia.

Bolsonaro voltou a criticar Emmanuel Macron, e disse que só conversará com o governo francês sobre ajuda à Amazônia se ele [Macron] se retratar por tê-lo chamado de mentiroso e por ter “relativizado a soberania brasileira na Amazônia”.

Jair Bolsonaro já tinha exigido desculpas de Macron para aceitar a ajuda de 20 milhões de dólares que o G7 ofereceu ao Brasil, mas pressionado pelos governadores da região, disse que aceitaria o dinheiro com a condição de autonomia do Brasil para gerir o recurso.

“No tocante ao governo francês, o fato de me chamar de mentiroso e por duas vezes ter dito que a soberania do Brasil tem que ser relativizada, somente depois de ter se retratado do que falou sobre a minha pessoa, que representa o Brasil, e bem como o espírito patriótico do povo brasileiro, que não aceita essa relativização da soberania da Amazônia. Em havendo isso, daí sem problemas voltamos a conversar”, disse.

“Essa inverdade do Macron ganhou força porque ele é de esquerda e eu sou de centro-direita”, declarou Bolsonaro.

Ao ser questionado por um jornalista que, na verdade, o presidente francês pertence a uma aliança de centro, irritado, encerrou a entrevista.