Petrobras põe à venda todos campos de exploração do Urucu, no Amazonas

Além de sete concessões de Urucu, na bacia do rio Solimões, estão à venda as instalações e unidades de produção de petróleo e gás

Petrobrás desiste de vender Urucu

Aguinaldo Rodrigues, da Redação*

Publicado em: 27/06/2020 às 10:44 | Atualizado em: 05/09/2023 às 06:12

A estatal Petrobrás anunciou nesta sexta (26) que vai vender todos os seus campos de petróleo na bacia do rio Solimões, no Amazonas. São sete concessões de produção terrestres que ficam nos municípios de Tefé e Coari. 

Essa região, de 350 quilômetros quadrados, envolve o polo de exploração de petróleo e gás natural de Urucu. A área fica a cerca de 623 quilômetros de Manaus. 

O polo é formado por Arara Azul, Araracanga, Leste do Urucu, Rio Urucu, Sudoeste Urucu, Cupiúba e Carapanaúba. 

Além das concessões de exploração, a Petrobrás vai vender as instalações e unidades de produção de petróleo e gás, incluídas as de logísticas de suporte. 

Conforme a empresa, os interessados nas concessões já podem conhecer no site critérios e demais informações sobre a venda.  

Entre esses requisitos para o novo concessionário estão o de se responsabilizar por “todas as licenças operacionais e condicionantes ambientais”. 

Ademais, o fornecimento de gás e petróleo terá de ser garantido na passagem de comando das unidades do Urucu. 

De acordo com a companhia, o polo de Urucu produziu no primeiro trimestre a média diária de 106,3 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Desse volume, 16,5 mil barris por dia (bpd) de óleo e condensado. 

Quanto ao gás de cozinha (GLP), foram 14,3 milhões de metros cúbicos diários e 1,13 mil toneladas ao dia. 

 

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Campo de Azulão é exemplo 

Como justificativa para venda dos campos do Amazonas, a Petrobrás disse se tratar de uma estratégia de otimização do portfólio e à melhoria de alocação de capital.  

Dessa forma, afirma que os investimentos serão direcionados mais para exploração em águas profundas e ultraprofundas. É que nesse segmento estaria sendo mais competitiva no mercado.  

Além disso, segundo a Petrobrás, a exploração por novos investidores vai “alavancar o desenvolvimento da região”.  

Por exemplo disso, cita a venda em 2019 do campo de Azulão, na bacia do rio Amazonas, que teria levado aquecimento à economia local.  

Conforme a empresa, o estado do Amazonas já vive a exploração do setor por outros investidores, como é o caso de geração de energia.  

 

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Situação dos trabalhadores 

De acordo com a Petrobrás, o desinvestimento no Amazonas não prevê demissões de seus empregados. Portanto, todos, afirma, serão realocados para outras unidades da companhia.  

Contudo, vai oferecer a possibilidade de demissão por meio de um plano de desligamento voluntário. 

*Texto produzido com informações da Petrobrás

 

Foto: Reprodução/Petrobrás