A estatal Petrobrás anunciou nesta sexta (26) que vai vender todos os seus campos de petróleo na bacia do rio Solimões , no Amazonas. São sete concessões de produção terrestres que ficam nos municípios de Tefé e Coari.
Essa região, de 350 quilômetros quadrados, envolve o polo de exploração de petróleo e gás natural de Urucu. A área fica a cerca de 623 quilômetros de Manaus.
O polo é formado por Arara Azul, Araracanga , Leste do Urucu, Rio Urucu, Sudoeste Urucu, Cupiúba e Carapanaúba.
Além das concessões de exploração, a Petrobrás vai vender as instalações e unidades de produção de petróleo e gás, incluídas as de logísticas de suporte.
Conforme a empresa, os interessados nas concessões já podem conhecer no site critérios e demais informações sobre a venda.
Entre esses requisitos para o novo concessionário estão o de se responsabilizar por “todas as licenças operacionais e condicionantes ambientais”.
Ademais, o fornecimento de gás e petróleo terá de ser garantido na passagem de comando das unidades do Urucu.
De acordo com a companhia, o polo de Urucu produziu no primeiro trimestre a média diária de 106,3 mil barris de óleo equivalente por dia ( boed ). Desse volume, 16,5 mil barris por dia (bpd) de óleo e condensado.
Quanto ao gás de cozinha (GLP), foram 14,3 milhões de metros cúbicos diários e 1,13 mil toneladas ao dia.
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Campo de Azulão é exemplo
Como justificativa para venda dos campos do Amazonas, a Petrobrás disse se tratar de uma estratégia de otimização do portfólio e à melhoria de alocação de capital.
Dessa forma, afirma que os investimentos serão direcionados mais para exploração em águas profundas e ultraprofundas . É que nesse segmento estaria sendo mais competitiva no mercado.
Além disso, segundo a Petrobrás, a exploração por novos investidores vai “alavancar o desenvolvimento da região”.
Por exemplo disso, cita a venda em 2019 do campo de Azulão , na bacia do rio Amazonas, que teria levado aquecimento à economia local.
Conforme a empresa, o estado do Amazonas já vive a exploração do setor por outros investidores, como é o caso de geração de energia.
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Situação dos trabalhadores
De acordo com a Petrobrás, o desinvestimento no Amazonas não prevê demissões de seus empregados. Portanto, todos, afirma, serão realocados para outras unidades da companhia.
Contudo, vai oferecer a possibilidade de demissão por meio de um plano de desligamento voluntário.
* Texto produzido com informações da Petrobrás
Foto: Reprodução/Petrobrás