PRG denuncia vice-governador mesmo com PF dizendo “inexistir” provas
obre Carlos Almeida, o delegado que comandou as investigações, Igor de Souza Barros, concluiu que “inexiste qualquer elemento informativo seguro para estabelecer sua participação dolosa (do vice-governador)

Diamantino Junior
Publicado em: 28/04/2021 às 12:00 | Atualizado em: 28/04/2021 às 13:19
A Polícia Federal (PF) isentou de culpa o vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida, no inquérito que investigou a suposta compra superfaturada de respiradores pelo governo do Amazonas, durante o auge da pandemia em 2020.
Ainda assim, a Procuradoria Geral da República (PGR) ofereceu denúncia, fato que causou estranheza no meio político, sobretudo entre operadores do direito.
A contradição foi destacada pela coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (27): “No documento (conclusão do inquérito), a PF afirmou não ter encontrado elementos contra o político e não promoveu o indiciamento dele”.
Sobre Carlos Almeida, o delegado que comandou as investigações, Igor de Souza Barros, concluiu que “inexiste qualquer elemento informativo seguro para estabelecer sua participação dolosa (do vice-governador). Logo, inexistindo elementos informativos, promovo o não indiciamento de Carlos Alberto Souza de Almeida Filho…”
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A Folha de S.Paulo afirma ainda que “a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo tem sido criticada por governadores por suposto alinhamento com o presidente Bolsonaro”.
Caso o chefe dela, Jorge Aras seja indicado pelo presidente a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), ela pode assumir o cargo de Procuradora-Geral da República.
Para oferecer denúncia contra Carlos Almeida, contrariando a conclusão a que chegou a PF, Lindôra diz que Carlos Almeida “exercia influência” sobre os gestores da Secretaria de Saúde.
Foto: BNC AMAZONAS