A Polícia Federal realizou, nesta quarta-feira (31), a operação Et Caterva em 12 estados para prender organização criminosa de fraudes no auxílio emergencial e precatórios judiciais.
Advogados e servidores públicos estão entre os acusados de participar dos crimes.
Com apoio do banco Caixa, a polícia descobriu que o grupo criminoso é formado por um número significativo de pessoas.
Conforme as investigações, os criminosos lucraram mais de R$ 13 milhões com os precatórios e mais de R$ 2,7 milhões em saques do auxílio nos estados.
Inicialmente, as fraudes eram perpetradas buscando o recebimento indevido de precatórios judiciais, que eram destinados a terceiros participantes do esquema.
De acordo com a Polícia Federal, funcionários da Caixa forneciam informações sobre precatórios à disposição para saque.
Servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso também integrava o esquema.
Após a interrupção temporária do pagamento de precatórios pela Caixa em 2020, o novo alvo dos criminosos foram as parcelas do auxílio aos mais atingidos pela epidemia do coronavírus (covid).
Dessa maneira, fizeram aproximadamente 1.570 saques de benefícios, entre os meses de abril de 2020 e março de 2021.
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Prisão e apreensão
Como resultado da investigação, a Polícia Federal emprega 260 agentes para cumprir 12 mandados de prisão e 77 de busca e apreensão e sequestro de bens.
Além disso, há 9 medidas de suspensão do exercício da função pública.
Os mandados foram expedidos pelo juizado da 5ª Vara Federal de Cuiabá.
O nome da operação, Et Caterva, se trata de expressão em latim, utilizada de forma pejorativa, que denota a ideia de um grupo de comparsas.
Foto: divulgação/PF