PGR vai apurar ataque de Bolsonaro ao voto eletrĂ´nico durante live
Por conta da live, que tambĂ©m foi transmitida pela TV Brasil, deputados do PT apresentaram uma notĂcia-crime na qual acusam o presidente de improbidade administrativa

Publicado em: 17/08/2021 Ă s 09:27 | Atualizado em: 17/08/2021 Ă s 09:27
O procurador-geral da RepĂºblica (PGR), Augusto Aras, informou nesta segunda-feira (16), Ă ministra CĂ¡rmen LĂºcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) , ter aberto uma apuraĂ§Ă£o preliminar sobre a live de 29 de julho em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levantou suspeitas sobre as urnas eletrĂ´nicas — sem, no entanto, apresentar provas de suposta “fraude”.
Por conta da live, que tambĂ©m foi transmitida pela TV Brasil, deputados do PT apresentaram uma notĂcia-crime na qual acusam o presidente de improbidade administrativa — uma vez que ele fez uso de um bem pĂºblico para fins pessoais —, propaganda antecipada e crime eleitoral.
Aras, porĂ©m, defendeu que a notĂcia-crime nĂ£o seja levada adiante. Para ele, a petiĂ§Ă£o dos parlamentares petistas nĂ£o Ă© necessĂ¡ria, uma vez que a prĂ³pria PGR jĂ¡ abriu uma investigaĂ§Ă£o.
A manifestaĂ§Ă£o do procurador responde a uma exigĂªncia da ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) CĂ¡rmen LĂºcia, que havia intimado Aras a se manifestar em atĂ© 24 horas sobre a notĂcia-crime.
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Ao tomar conhecimento dos fatos que sĂ£o objeto desta notĂcia-crime, foi determinada a instauraĂ§Ă£o, em 12 de agosto de 2021, da NotĂcia de Fato1.00.000.014572/2021-53 neste MinistĂ©rio PĂºblico Federal, que apurarĂ¡ os fatos noticiados e discernirĂ¡, oportunamente, em torno de eventual(is) prĂ¡tica(s) de ilĂcito(s) penal(is) e de lastro probatĂ³rio mĂnimo para oferecimento de denĂºncia, Ă luz do ordenamento jurĂdico e da jurisprudĂªncia desse Supremo Tribunal Federal, preservando-se o sistema constitucional acusatĂ³rio”, escreveu Aras.
Urnas sĂ£o seguras
Apesar de questionadas por Bolsonaro, as urnas eletrĂ´nicas sĂ£o auditĂ¡veis e testadas com regularidade sobre sua segurança. JĂ¡ foi constatado que os dados principais sĂ£o inviolĂ¡veis e nĂ£o podem ser infectados por vĂrus que roubem informações.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afirma que nĂ£o hĂ¡ indĂcios de fraude em eleições desde 1996, quando as urnas eletrĂ´nicas foram adotadas.
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Foto: Carolina Antunes/PR