O senador Plínio Valério (PSDB-AM) reforçou o discurso governistas na CPI da covid (coronavírus) e disse que participará do processo de investigação.
A postura de Plínio vem no sentido oposto ao do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD), e de Eduardo Braga (MDB), integrante da comissão. Ambos são críticos das ações do governo Jair Bolsonaro na pandemia
Na mesma linha do presidente Bolsonaro e dos senadores governistas na comissão, Plínio defendeu a investigação de governadores e prefeitos sobre o uso de recursos federais no combate ao coronavírus.
“Os ex-ministros da Saúde vão ser convocados, o nosso governador Wilson Lima, para atender ao fato determinado da CPI, também vai, em função da crise do oxigênio em Manaus. Mesmo de fora, com requerimentos e perguntas, os não membros como eu podemos participar para ajudar”, escreveu no Twitter.
O senador amazonense também lembrou que defendeu o adiamento da CPI, mas caso fosse instalada teria que investigar, além do governo federal, os estaduais e municipais.
“Minha esperança é que os governadores sejam chamados. Aí você vai poder verificar como foi empregada aquela dinheirama que foi enviada para todos os estados, não só para o Amazonas”, disse.
Ele ainda condenou o uso da CPI como instrumento político. “CPI da covid instalada no Senado não pode ser palco para disputas de 2022”, disse.
O senador defendeu imparcialidade nas investigações. “Tem que ser isenta. Vivemos momento muito grave para que assunto tão sério seja transformado em campo de batalha. Não faz sentido dizer que são 4 membros governistas e 7 da oposição. Não é tema para divisão política”, argumentou.
CPI das ongs
Por ocasião da instalação da CPI, Plínio defendeu que a casa não acatasse a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para colocar em funcionamento a comissão.
O senador brigou pela instalação da CPI para investigar ongs na Amazônia , proposta apresenta por ele ainda no ano passado.
Na ocasião, argumentou que a mesma urgência alegada para a instalação da CPI da covid, existia também em relação a preocupação com o agravamento do desmatamento na Amazônia.
“As reais dimensões desses graves fatos, assim como a responsabilidade por eles precisam ser investigadas de forma independente”, justificou na época.
Foto: PSDB na Câmara/divulgação/Agência Senado